terça-feira, abril 20, 2010

Procrastinação is the word

Este blog está sem atualizações há um bom tempo. E tomo este parágrafo para me desculpar a todos os poucos que entram constantemente. Mas a minha vida online apenas há poucas semanas se estabilizou novamente. Tive que procurar um novo lugar para chamar de lar e agora que achei, estou com tempo para escrever sobre o nada. Porém outra coisa tem atrapalhado minhas inúmeras tentativas de postar algo novo: procrastinação.

Depois de deixar a enrolação de lado (outro nome para o meu mal) resolvi colocar no google: Procrastinação. Os resultados me assutaram um pouco.

Procrastinação: s.m. latim procrastinatus: pro- (à frente) e crastinus (de amanhã). É o ato de se adiar uma ação. Normalmente causa sensação de culpa e perda de produtividade. A procrastinação crônica pode ser sinal de alguma desordem psicológica. (Fonte: Wikipedia)

Depois de ler mais de 25 páginas sobre empurrar com a barriga, jeitinho brasileiro ou preguiça mesmo (cada um dá o nome que quer, certo?) descobri que a minha já tão conhecida baixa estima poderia estar por trás de toda esse mal. Pesquisadores dedicados e esforçados descobriram que jovens de até 25 anos têm uma maior tendência a desenvolver casos clínicos de procrastinação. O medo de errar e de não ser bom suficiente seriam os motivos para que eu, em pleno último ano de faculdade, com um TCC gigante pela frente, decido dormir mais uma tarde porque, sabe como é, essa vida não é nada fácil.

Deixar as coisas para depois não é só um mal brasileiro ou adolescente. E saber que daqui pra frente as responsabilidades aumentarão, dá um frio na barriga que só passa mesmo quando me enfio debaixo do edredom.

Para dar uma pequena resumida em tudo o que eu li (que vai desde a pesquisa de Piers Steel, psicólogo da Universidade de Calgary, no Canadá, passando por matérias da Super Interessante e uma crônica do Inagaki) colocarei para vocês e para mim algumas dicas de como evitar se perder na bagunça da sua vida e começar as fazer as coisas direito.
1)    Deixar as coisas para fazer depois só será pior para você mesmo. Afinal, uma hora ou outra o negócio vai ter que ficar pronto, correto?
2)    Faça uma coisa por vez. Se estudar é muito maçante ou se ler um livro para uma prova te dá calafrios, faça assim: 10 minutos por vez. Depois de se dedicar por dez minutos nessa tarefa, páre um pouquinho, descanse um pouquinho e volte para ela. Até acabar.
3)    Se você está com medo de não conseguir fazer o que tem de ser feito direito,  lembre-se da frase de O Rei Leão "Eu rio na cara do perigo" e faça do mesmo jeito. Mas faça logo, assim você terá mais tempo para aperfeiçoar tudo depois.
4)    Faça as coisas no seu tempo. Se você produz mais à noite, não se engane: nada de acordar às oito da manhã e ficar com sono e maldizendo o dia. Faça quando você tiver tempo.
5)    De grão em grão, a galinha fica o dia inteiro comendo. Faça o que tem de ser feito, não enrole ainda mais. Encare a bagunça do seu quarto uma peça de cada vez.
6)    Evite falar frases como: “Agora não”; “Daqui a pouco”; “Deixa pra mais tarde”; “Mas vai começar Heroes!”; “Depois eu faço”; “Só mais quinze minutos
7)    Conte com a ajuda de alguém. Casos sérios de enrolação crônica (como a minha) só passam quando reconhecemos, conversamos com alguém confiável e dizemos: “Me ajude. Por favor, preciso fazer essas coisas. Me cobre.”

E uma dica final: Não pense muito também. Quanto mais você pensar nos prós e contras de fazer alguma coisa, pior é. Porque você vai ficar perdendo tempo enquanto poderia já ter começado a tarefa. Seja ela um TCC ou uma pia suja.

“Xô, preguiça!! Xô, preguiça!!!!” - Música clássica da minha infância, da Eliana
“Ai que prazer/ não cumprir um dever./ Ter um livro para ler/ e não o fazer!". Fernando Pessoa (essa frase está no texto do Alexandre Inagaki sobre procrastinação, mas não podemos dar ouvidos a ela!!! Come on and do it!!!)