terça-feira, outubro 05, 2010

Tenho teto de vidro

Numa dessas madrugadas, a @laravendramini me lembrou de algo que eu gostava muito: Backstreet Boys. Já falei deles aqui, mas enquanto estava vendo os vídeos deles, me vieram à cabeça muitas das perguntas que eu faço quando vejo um clipe dessas bandas moderninhas ae: "O que me faz gostar deles?" "Por que eu gosto deles?" A única resposta que eu consegui pensar é: gosto deles e pronto. Não há explicação lógica para isso.




Aí, fui voltando no tempo que eu era fã de verdade deles. E lembrei de algumas coisas um tanto bizarras. Rolava uma baita rixa Backstreet Boys x N'Sync. Quem sou eu para dizer algo contra Cine x Restart?


Mas posso dizer uma coisa sim: Nenhuma fã de Bsb usava roupas de gosto duvidoso ou se declarava Família Backstreet. Principalmente porque todas se achavam esposas deles e não primas. #fikdik.


Vejam (caso tenham coragem) esse video de 1993, quando o Nick tinha 12 anos. O ritmo dessa música é uma tristeza, mas a versão que eu tenho do 1º single deles é bem melhor... (bem melhor é meio forte, mas...)



Como posso reclamar da voz de menininha de Justin Bieber?? Eu nunca vou dizer que acho a voz do Nick dessa época bonita (se é que a voz dele é boa) ou que eu fosse fã deles em 1993. Até hoje só escuto essa música quando estou afim de rir com vergonha alheia. E quando falavam que eles eram gays eu não fazia um video chorando e dizendo "Leave Bsb Aloone!!" ou "Puta falta de sacanagem"...


Depois de pensar muito, cheguei à conclusão que eu não vou mais ser do movimento "anti-coloridos". A partir de agora, irei ver como "coisa de adolescente". Assim como ninguém me enchia o saco por eu acreditar no amor verdadeiro, não vou encher o saco de ninguém que acha que aposta um beijo que você me quer e que verde limão combina com rosa choque e laranja. (MAS NÃO COMBINA).

sexta-feira, outubro 01, 2010

Twist and Shout


Um grupo de amigos músicos está sentado numa sala tipicamente britânica, num dia cinza e chuvoso, tipicamente britânico.  Cada um está relaxado, perdido em suas próprias divagações. De repente, um se levanta, vai até a escrivaninha, pega um lápis e escreve uma frase. Dessa frase outra sai, e magicamente, como todo o texto bom, ele sai sozinho. 

Quem escreve (poemas, textos jornalísticos, crônicas, estórias) sabe que não precisamos pensar para escrever, as palavras parecem ter vida própria e saem de algum lugar desconhecido do cérebro e passam pelos nossos dedos como se fóssemos meros mensageiros das palavras. Como se nossa função fosse apenas a de servir de ponte, entre o mundo das ideias e palavras para o mundo físico das pessoas.

E assim, magicamente, as palavras ganham vida. Um logo pega a guitarra e copia um pouco (apenas um pouco) o ritmo de Chuck Berry, bem dançante. O mais brincalhão manda um “uuuuh” entre um verso e outro e faz com que a música fique bem divertida. Os quatro agora formam uma banda de verdade, não estão mais perdidos em seus próprios pensamentos. Todos querem fazer parte dessa brincadeira de fazer musica.

Finalizada a canção, levam a uma gravadora e fazem uma fita demo. Logo a música ganha as rádios locais, as rádios do centro da cidade, do país e do mundo. Logo eles estão em um avião próprio, com champagne. Vivendo a vida que eles tanto divagavam sozinhos em um canto de uma sala tipicamente britânica. Mas não pensam mais nisso. Só na solidão que o sucesso traz.

Param de compor como um grupo. Param de esperar a magia das palavras surgir em suas cabeças. Começam a compor pensando “agora o público vai gritar”. Deixam de ser pessoas criativas e se tornam máquinas fordistas de hits.

Antes que os Beatlemaníacos se expressem, essa é uma crônica fictícia. Twist and Shout foi escrito por Phil  Medley e Bert Russel e gravado pela 1ª vez por The Topnotes. Depois ganhou uma nova versão com o The Isley Brothers e finalmente a versão dos Beatles cantada pelo então gripado e rouco John Lennon.

quarta-feira, setembro 29, 2010

Aniversário de dois anos do Crônicas!!

É com muita alegria que eu digo que meu blog está no seu segundo ano de aniversário!! Muito obrigada a todas as pessoas que entram e lêem um pouco dos meus pensamentos traduzidos em bits.Como ele é meu filho lindo, mas é virtual, no seu aniversário não pude comprar nenhum presente, o máximo que eu posso fazer é trocar "a roupinha" dele...


Sendo assim, lá se foi a cor verde, depois o caderno e agora estamos aqui. No preto e branco básico, com tons de cinza e luzes. Vocês gostaram? Ainda estou arrumando algumas coisas no código, por isso, por enquanto terá apenas o botão do Delicious aqui embaixo, mas em breve (espero que até amanhã) eu já irei deixá-lo muito mais charmoso e mais digital! hehe


O blog tem como intenção ser um apanhado de reflexões que eu faço durante alguns dias e seleciono um que eu achei mais interessante. Espero que ele continue assim, mas irá mudar um pouco. Uma vez por semana, irei por algo que aconteceu no mundo. Afinal, sou jornalista! (Tô quase lá, pelo menos).


Mas como é o último semestre do meu curso, sinto que ficará complicado postar 3 vezes como é minha intenção inicial. Sejam compreensivos, a louca (mas não muito cronista) tem um livro para escrever... E não deixem de acompanhar o Garotas Geeks que está cada vez melhor!


Parabéns ao meu filhote!! *__*

segunda-feira, setembro 27, 2010

Só sei que nada sei

Tomando de Platão tão sábio pensamento, a cada dia chego mais a essa conclusão. Logo no final do meu curso, logo quando tenho que entregar um livro. É... sei que esse não é o melhor momento para pensar em tais dicotomias, mas a cada vez que eu começo a ler qualquer coisa sobre qualquer assunto, percebo que estou cada vez mais distante de me declarar uma profunda conhecedora de tal assunto.


No livro Senhor dos Anéis, Aragorn se casa em O Retorno do Rei? Não lembro, acho que não, mas no filme sim, mas meu personagem favorito é o Tom Bombadil!!
Quem é o baixista do Metallica? Sei la... Gimme Fue, Gimme Fa, Gimme Dabajabaza!
Qual chá tem maiores efeitos de emagrecimento: o verde, o branco, o vermelho ou o amarelo? O amarelo tem cheiro forte, o verde gosto ruim, tomo mesmo é o branco, mas não emagreci muito não...
Qual a melhor teoria da Comunicação para explicar o fenômeno dos reality-shows no Brasil? Olha, me desculpa, mas tenho lido tanto McLuhan que já esqueci quase todas as outras teorias...
Quanto é 65 dividido por 7? Paats... não pode ser por cinco? 


Eu poderia citar outros ramos do conhecimento, mas acho que eu consegui explicar o que tem acontecido comigo. Acho que minha HD (vulgo cérebro) tem pouco espaço para armazenamento. Se antes eu lembrava de muita coisa, era porque só de "lembranças da minha vida" tinha uns 14 anos nela. Hoje, só essa parte são 23 anos...


O pior é que eu sei, ainda de cor, músicas de axé, pagode, bregas e sertanejo anos 90... Mas me perguntem como se resolve binômio de Newton para vocês verem... Alguém me explica por que nosso cérebro guarda tanta tranqueira? E quem souber como faz para dar uma boa "formatada" com back up eu agradeceria muito!

sábado, setembro 18, 2010

Propaganda Básica

Olá a todos! Esse post não é uma crônica, mas é só para dizer que eu estou mergulhando de vez no mundo digital.


Quem quiser me seguir no Twitter, tem uma aba aqui ao lado com minhas tagarelices. Mas tenho um tumblr bem legal, porque eu comecei a achar que esse negócio de ter apenas um blog de crônicas me deixava muito séria e pensativa...


Desde o final de agosto, está no ar o projeto que eu e a @Qrolfashion elaboramos durante a estadia dela em Bauru ano passado, um site sobre tecnologia voltado para o público feminino: As Garotas Geeks. Ela não participa do site, mas a ideia original foi dela e minha. Quem quiser acompanhar as atualizações do site, esse é o twitter nosso! O site está bombando, em menos de 15 dias tivemos mais de 10 mil acessos!


Além disso tudo, aqui é o projeto do meu TCC. Está meio parado, mas os motivos são tristes demais para eu contar aqui. Vou contar depois tudo isso num post no Evolução Nerd depois.


Beijos!

Sobre a madrugada

Agora são 2:30 da manhã e para mim, esse horário é as nove e meia do bom e honesto brasileiro. Ele já chegou em casa, jantou, já viu um pouco de tv e está pensando em tomar banho e dormir. Mas eu não, não consigo por pijama antes das duas da manhã. 


Eu adoro ficar acordada de madrugada, passam sempre filmes interessantes ou programas de melhor qualidade na tv, não tem vizinho cantando, carros buzinando. Apenas a calma e profunda paz. A noite é mais fresca também, então você não fica suando enquanto lê seus blogs favoritos. Poucas pessoas online, conexão da internet tranquila, dá pra arregaçar nos downloads... Sou uma coruja convicta.


O problema não é eu ficar acordada até as cinco da manhã. Não. O problema está nas pessoas que acreditam que aquele que fica acordado de noite é vagabundo. Não, não sou vagabunda. Trabalho à tarde, estudo à noite. Me digam: qual a vantagem em acordar as 8 da manhã? 


Estar disposto o dia inteiro? Ser honesto? Como durmo às cinco, se acordar às oito vou ficar toda quebrada. Além do mais, fico mais desperta agora, perto das três, então faço tudo o que tenho que fazer enquanto os outros dormem. E muito importante: muitos brasileiros honestos trabalham na madrugada, ok?


Quando eu achar um emprego e eu tiver que acordar cedo, estarei disposta antes das sete da manhã. Mas até lá, quero ter o gostinho de poder dizer que me levanto sempre ao meio dia.


Gostaria de agradecer à todos que entraram no meu blog essa semana. Tudo bem, mandei email para mais de 500 pessoas. Mas senti que era meu dever. Levei 4 horas pesquisando, escrevendo e editando o post. Foi uma média de 50 acessos por dia e espero que vocês tenham lido (e não apenas dado uma olhada hehehe... )
Eu poderia ter aproveitado toda essa divulgação que o Crônicas teve, mas decidi que quanto mais tempo os 4 posts ficassem visíveis, melhor.

terça-feira, setembro 14, 2010

Vote certo e não se arrependa (Parte 1, Definição dos Cargos)

Estou para escrever esse post há meses. Sinto que é meu dever como futura jornalista. Quando comecei o esboço deste, descobri que ele ficaria enorme. Por isso então, faço algo diferente dessa vez: além da cor não ser a mesma da usual (afinal, não é uma crônica sobre o nada) ele será dividido em quatro partes. Assim, além de te estimular a ler tudo, fica mais fácil saber sobre o que é cada pedaço deste monstro informativo.

A primeira parte deste post é o básico:
Quais são os cargos e o que cada candidato eleito terá que fazer?       

Esse ano elegemos 6 pessoas: Deputado Estadual, Deputado Federal, 2 Senadores, Governador e Presidente.

Deputado Estadual - atua na Assembleia Legislativa e tem a função de propor, emendar, alterar, revogar e abolir leis estaduais, elaborar e emendar a Constituição estadual, julgar anualmente as contas prestadas pelo Governador do Estado, criar Comissões Parlamentares de Inquérito, além de interceder junto ao governador por liberações de verbas para obras e melhorias nos municípios.

Deputado Federal – na Câmara dos Deputados em Brasília, ele propõe, emenda, altera, revoga e derroga leis. Os deputados são eleitos de forma proporcional à população de seu Estado, com o número mínimo de oito e máximo de setenta deputados por Estado, são 513 no total.

Governador – ele nomeia e exonera os Secretários de Estado e os magistrados do Tribunal de Justiça, comanda a Polícia Militar, toma decisões sobre obras, projetos e programas vinculados ao governo estadual, sanciona ou proíbe projetos de leis aprovados pela Assembleia Legislativa e presta contas de cada prática à mesma, além de mandar projetos de lei para análise.

Senador – atua no Poder Legislativo, criando e alterando leis de âmbito federal, e também fiscaliza as ações e gastos do Executivo. Aprova as dívidas dos Estados e dá a decisão final sobre acordos internacionais a serem firmados pelo governo. Temos 81 senadores – eleitos para mandatos de 8 anos, sendo que a cada 4 anos uma parte (1/3) é renovada e cada estado elege 3 senadores. Cada senador custa aos cofres públicos R$ 168.820,42 por mês  com salários, verba de gabinete, verba indenizatória, auxílio moradia, conta de telefone e correio, gastos com passagens, gastos com combustível, carro com motorista, gráfica e assistência médica.

Presidente – no Brasil, acumula as funções de chefe de Estado e de Governo. Enquanto um chefe de Estado tem o poder de declarar guerra, sancionar e publicar leis e decretar a intervenção nos Estados, por exemplo, um chefe de Governo emite decretos e regulamentos para a execução de leis federais, nomeia e demite pessoas em cargos-chave, como os comandantes das Forças Armadas, ministros e o presidente do Banco Central.

Quantos são os candidatos à presidência?

Dez: Américo de Souza (PSL), Dilma Rousseff (PT), Ivan Pinheiro (PCB), José Eymael (PSDC), José Serra (PSDB), Levy Fidélix (PRTB), Marina Silva (PV), Plínio de Arruda Sampaio (Psol), Rui Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU).

Vote certo e não se arrependa (Parte 2, Salários)

Quanto cada eleito ganhará de salário?

Deputado Estadual – Salário médio de R$12 mil, Auxílio Moradia de R$2.250 mil, Hora extra: R$619,00, Verba Indenizatória (despesas de gabinete e funcionários): R$20 mil, Passagens de avião por ano: R$7 mil.

Deputado Federal - Salário médio de R$16 mil, Auxílio Moradia de R$3 mil, Verba Indenizatória: R$15 mil, Passagens de avião por ano: de R$4,7 mil a R$18 mil. Líderes de bancada, vice presidente, presidente e vice líder ganham um adicional de R$5.513 mil por mês.

Senador - Salário médio de R$16 mil, Auxílio Moradia de R$3,8 mil, Verba Indenizatória: R$15 mil, Direito a carro oficial e a 25 l de combustível por dia.

Governador – o salário varia de cada Estado.O do RS recebe o menor (R$7,4 mil) e o do Paraná (R$24,5 mil) o maior. Cabe a cada Estado votar leis para reajustes dos salários de vereadores, prefeitos e governadores. Procurei muito, mas não consegui descobrir os benefícios que o governador tem direito.

Presidente – Salário de R$8.885, não tem auxílio moradia, pois mora no Palácio da Alvorada e tem a Granja do Torto como outra residência.

Cada deputado também tem direito a R$ 16,5 mil, para despesas extras realizadas no início e no final de cada ano, como gastos em deslocamentos aos Estados e a compra de ternos e gravatas, benefício conhecido por  “auxílio paletó”.

Vote certo e não se arrependa (Parte 3, Esquerda, Direita e Centro)

O que significa ser de Esquerda, Direita e Centro?

Esquerda - é considerada oposição e geralmente implica o apoio a uma mudança do enfoque social, do governo em exercício, com o intuito de criar uma sociedade mais igualitária. São chamados também de sociais democratas ou liberais sociais.

A ideologia social-democrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista.  Os liberais sociais defendem os direitos humanos e a liberdade civil, apoiam uma economia em que o Estado desempenha essencialmente um papel de regulador e de garantidor que todos tenham acesso a serviços públicos e que assegurem os direitos sociais considerados fundamentais. 

Já o liberalismo social coloca a sua ênfase nas liberdades positivas, tendo como objetivo aumentar as liberdades dos mais pobres e desfavorecidos da sociedade. Nos EUA, os liberais sociais, de esquerda, pertencem ao Partido Democrata com um caráter mais popular e defendem os direitos civis das minorias e ações de combate ao aquecimento global, políticas negadas anteriormente. À esquerda do Partido Democrata norte-americano, temos o Partido Verde, o Partido Socialista e o Partido Comunista.

Direita - O pensamento dominante da direita moderna é a preocupação com os valores tradicionais, a defesa da lei e da ordem, a preservação dos direitos individuais e a restrição do poder do Estado. Esta última prioridade está associada ao liberalismo, mas uma parte da direita rejeita as afirmações mais radicais dessa ideologia. Além disso, uma pequena parcela dos liberais não se considera de direita. Uma outra tendência, geralmente associada à direita originária dos tempos monárquicos, apoia a manutenção do poder e da riqueza nas mãos que tradicionalmente os detiveram, num sistema com estabilidade social, ambição e solidariedade nacional.

São liberais em relação à Economia e nos costumes, mas defendem algumas bandeiras comuns às da maioria dos integrantes da esquerda, como a legalização da união homossexual, das drogas e da prostituição, entre outras. Os democratas-cristãos costumam ser liberais em relação à Economia, mas conservadores nos costumes. Os nacionalistas e os conservadores tendem a ser conservadores em ambos os pontos. Os partidos de direta no Brasil são: DEM (antigo PFL), PP (Partido Progressista), PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), PSL (Partido Social Liberal), PR (Partido da República), PTC (Partido Trabalhista Cristão) e PHS (Partido Humanista da Solidariedade).

Centro - normalmente designa as correntes de pensamento moderadas, que defendem a existência de justiça social dentro do capitalismo. No Brasil, cabe ressaltar, no site Congresso Aberto, podemos ver que a maioria dos partidos, não importando sua ideologia, tem seguido tendências de centro.

Posso votar em um candidato de um partido e em outro candidato de outro?

Pode, afinal, estamos numa democracia. Só que não ajuda muito, já que para o deputado fazer uma lei, precisa da aprovação dos outros e se forem de partidos opostos, isso dificulta um pouco o processo, afinal, no ano eleitoral seguinte o partido que conseguiu aprovar a lei acaba passando por "aquele que fez". Então não adianta muito votar para governador com um partido e para Presidente com o partido da oposição daquele.

Vote certo e não se arrependa (Parte 4, Lista de sites)

Agora segue uma lista de sites que podem ajudar na decisão do seu voto:


Esse site mostra quanto cada candidato declarou para o STE (Superior Tribunal Eleitoral). Lembrando que esses dados não precisam conferir com os da Receita Federal, como mostra a reportagem da IstoE (essa aqui) que nenhum candidato à Presidência declarou patrimônios próximos aos seus originais. Assim podemos saber se o candidato "é do povo" como todos gostam de dizer.


http://www.excelencias.org.br/


Integra o Transparência Brasil e permite que você veja os mais citados na Justiça, os que mais faltam às sessões, uso de verbas indenizatórias, entre outros, graças à uma junção na base de dados de fontes públicas, financiamento eleitoral e notícias sobre política. Parece meio complicado de mexer, mas é um guia completo para acompanhar o candidato eleito ou analisar o candidato à reeleição.


Esse site é muitissimo interessante, pois apresenta um questionário com questões em aberto no Senado importantes para o nosso País (como a internacionalização da Amazônia). Quando finalizado o questionário, o site mostra quais candidatos mais se aproximam da sua visão política. Lembrando que a sua liberdade na decisão do seu voto é extremamente importante.


Com ele, você pode saber se o candidato que você pensa em votar tem algum processo em andamento ou finalizado na Justiça.


Já este, ajuda a pensar sobre porque não votar em tal candidato, mostra em quais processos o candidato sujo está metido na Justiça.




Acredito que o dever de cada cidadão seja o de saber quem está elegendo. Por isso, antes das eleições, pare um pouco e procure escolher um candidato que mereça o seu voto.


Eu não tenho a menor pretensão de fazer com que todas as pessoas do nosso país tenham acesso ao meu blog. Mas da mesma forma que um médico é obrigado a prestar socorro a quem precisa, um jornalista tem como dever informar. E essa é a minha intenção. Da mesma forma, pretendo eleger políticos que queiram e que façam política. Pesquisei essas informações em muitos sites diferentes, mas muitos mesmo. Caso você tenha algo a acrescentar, por favor, deixe nos comentários que eu farei as devidas mudanças.

quinta-feira, agosto 26, 2010

Legal mesmo é nascer rica

Enquanto estava fazendo um sanduíche de presunto, pensei com nostalgia dos dias das férias quando comia salame com limão sem pensar no quanto custou para comprá-los. De uma sinapse para outra, cheguei à conclusão de que tenho que ser rica o mais rápido possível. Mas depois de pensar em tudo que eu poderia comprar, concluí que o legal mesmo é nascer numa família rica.
  1. Você não terá que se preocupar em ficar rico, você ja terá nascido rico;
  2. Você não ficará frustrado caso não consiga ficar rico;
  3. Aos 15 anos, você irá para a Disney/qualquer outro lugar abroad e poderá esfregar isso na cara dos seus amigos não tão ricos
  4. Terá todos os mais novos gadgets. Além de poder adquiri-los quando ainda estão caríssimos, você saberá como usá-los, ao contrário de seus pais (que terão tido todo o trabalho de ser ricos);
  5. Cirurgia plástica para o caso de você não gostar de como você nasceu (Ao contrário de nós, reles mortais, que tudo o que podemos fazer é "aceitar quem somos", você pode simplesmente ir lá e tadã! ta linda, a menina)
  6. Passear na Oscar Freire e entrar nas lojas sem falar "tô só dando uma olhadinha"
  7. Show de: New Kids on The Block/ Backstreet Boys/ Bandas Emo/ Lady Gaga não será no Brasil? Pega um avião e vai!
  8. Não ter apenas 1 batom de marca famosa que custou mais de R$60,00. 
  9. Chamar seus amigos para as festas na sua casa de praia (condomínio fechado e piscina)/ chácara (condomínio fechado e piscina) ou apê na Avenida Paulista (esse não precisa de piscina, mas se tiver, melhor)
  10. Fazer limpeza de pele, massagem, pilates e ir à manicure e pedicure pelo menos 2 vezes ao mês.
  11. Poder pagar de cult e engajada (afinal, você tem dinheiro para manter viagens para encontrar "companheiros" de outros Estados, organizar eventos, ir à todos os congressos, comprar roupa indiana e chinelinhos de couro ecológico - que são muito mais caros do que um jeans e um chinelo)
De que me adiantará poder ir à Disney depois dos 30? Se até lá tiverem lançado algo melhor que todas as coisas da Apple, eu terei as manhas de saber usar? Irei me acomodar na classe média mesmo e guardar dinheiro para ir à Oscar Freire uma vez que seja.

quarta-feira, agosto 11, 2010

Estou ficando velha

Essa semana, estava caminhando pelo campus da minha faculdade quando vi uma mãe com seu filho de uns 11 anos. Ele estava falando para ela de seu dia, das coisas que tinha aprendido e estava muito empolgado, atitude típica de criança. Ela ouvia, sorria e passava a mão no cabelo dele dizendo "humm.. que bom, meu filho", atitude típica de mãe.


Quando eles se aproximaram e minha quase completa surdez permitiu ouvir o que eles conversavam, ele diz: "Mãe, descobri um jogo muuuito, muito, mas muito velho mesmo... É um tal de.. Street Fighter... Mó velho, meio tosco, achei muito louco".


Congelei. Ele salientou tão bem o quão velho era o jogo que senti rugas enormes surgindo em mim. Eu joguei Street Fighter! Eu adorava Street Fighter - mas preferia mil vezes o Mortal Kombat (sim, defendo o Mega Drive e não gosto da Nintendo. E dai?). Cheguei ao laboratório e descubro o ano de lançamento do jogo: 1993. DEZESSETE ANOS. 


Sim, estou velha. Só de pensar nas pessoas que não irão crescer e lembrar com nostalgia da TV Colosso mas sim de Teletubbies me faz sentir mais velha ainda. E isso é só o começo. Não quero pensar em como vou me sentir aos 40 anos. Mas estou, desde o momento em que ouvi aquela frase.

segunda-feira, agosto 09, 2010

Uma estória da depilação

Os macacos viviam em paz em sua sociedade altamente desenvolvida. Todos ajudavam na manutenção dos vilarejos, controlavam o estoque de comida, organizavam grupos de caça e de coleta de frutas. Casavam e tinham lindos macaquinhos. Assim como em todas as sociedades haviam os desertores, os marginais. E, como em todas as sociedades, eram punidos.


A punição era sem misericórdia: a tortura que além de castigar, mostrava ao resto da comunidade  a insígnia da vergonha. O método era simples: amarrava-se a vítima em uma superfície plana, lhe aplicavam uma substância quente e grudenta. Assim que ela secava um pouco, os pelos da vítima eram arrancados sem piedade e sua pele ficava aparente por semanas.


Um dia, um torturado resolveu se rebelar e foi viver no mundo selvagem. Sem pelos no corpo todo, sentiu frio. Na selva, avistou ao longe uma fogueira, caminhou até o local e descobriu mais macacos sem pelo. Como viviam na selva, eles usavam couro de animais que eles haviam caçado com ferramentas muito mais mortais que as que tinham nas vilarejos. Resolveram então, se vingar dos macacos que os expulsaram.


Começou assim uma guerra sangrenta. Assim, os macacos sem pelo, depois conhecidos como homens, asseguraram que a depilação seria característica de desenvolvimento e evolução.


Uma vez por mês, na mesa da estetecista, maldigo esses macacos sem pelos.

sábado, julho 10, 2010

Do movimento drag vintage

Estava vendo um blog que gosto muito (esse daqui da Giovana) e vi um post sobre o novo clipe da Katy Perry: California Gurls. No clipe, ela está num mundo mágico de Oz misturado com João e Maria com um toque drag-queen-vintage. Não gostei. Aliás, não tenho gostado dessa nova onda pop fashion.


A maioria das cantoras tem se rendido a esse fetiche dos produtores musicais.A Lady Gaga colocou o movimento em escala mundial, mas ela tem um toque performático, não é como a Beyonce que age como se fosse um manequim figurante do filme "Um morto muito louco". É uma mistura de pin ups com travestis que não me agrada, nem me choca. Quando eu tinha uns quatorze anos, achava muito legal ter o cabelo roxo, azul, amarelo. Mas não entendo essa mistura de cabelos de mangás com pin ups e lesbianismo, me pergunto onde está a sensualidade nisso. E não conheço nenhum homem que ache atraente uma mulher com uma peruca lilás de franjinha.


Para mim, um clipe muito bom é Human Nature, da Madonna. Em 1995, ela usou couro, peruca, chicotes e tudo mais. Não se vestiu como o C3PO porn/Edward Mãos de Tesoura de sex shop como a Christina Aguilera nem de Candy party porn girl como a Katy Perry. E podem ter certeza, ela chocou muito mais gente e foi muito mais sensual que essas menininhas modernas ai.


Na minha sincera opinião é uma mistura falsa e falha de liberação sexual, independência feminina com objetivação da mulher. Sim, paradoxal demais para ser explicado. Não sei se elas planejam mostrar que podem aparecer nuas, atrair os homens, pegar as mulheres e ainda sim continuar na moda. Eu só acho patético. Se um dia eu descobrisse que minha mãe já achou suuuper legal usar vestido de bolinhas + espartilho + unhas enormes vermelhas + peruca verde-limão + carinha de safada, eu juro que ela perderia muitos pontos de autoridade comigo.


Mas é só minha opinião. Se o plano delas é me chocar, sorry gurls, vocês não conseguiram.


Tá pensando o que? Que traveco é bagunça?


Nota: Não tenho absolutamente nada contra homossexualismo. Sou contra usar isso em clipes para pagar de "moderninhas". Desejo não tem nada a ver com modismos.

sábado, julho 03, 2010

E o Brasil perdeu

Devo dizer que ainda acho estranho escrever sobre futebol. Não entendo muita coisa, mas também não vou dizer que odeio. Não sou daquelas "Quero mesmo que a Argentina vença". Não. Enquanto o jogo rolava, tudo o que eu fiz foi ligar para amigos e matar saudades. Não me interesso por esportes, mas há algo que eu admiro em muitas pessoas e que não possuo: fé. Fé em alguma religião, fé em algum político, fé em instituições, fé em algum time de futebol. Acho lindo ver pessoas que acreditam completamente em outras, assim, sem desejar nada em troca. Essa fé cega que faz rir, brigar e chorar.


É uma das coisas mais bonitas no brasileiro, essa fé desmedida no futebol; esse complexo de vira-latas que só desaparece quando alguém grita "Salve a Seleção!". Só assim para brasileiro sentir orgulho daqui. Eu choro quando vejo a equipe de vôlei masculino ganhando mais um campeonato mundial. Não porque eu torça ou mesmo porque eu saiba a escalação completa da equipe ou mesmo se eles estão jogando 3 por 5. Eu me ponho no lugar de um deles, de qualquer um deles, lá em pé, ouvindo o hino nacional, vendo a bandeira subindo... é uma emoção que fica entalada na garganta.


E eu senti isso de novo ao ouvir algo muito estranho durante este jogo: silêncio. De repente, do riso fez-se o pranto, silêncio. Sem fogos, sem gritos, sem buzinas. Me senti mal, muito mal. Não pelo brasileiro que só compra camisas da seleção uma vez a cada quatro anos. Não pelo cara que só está torcendo para ter um dia a mais de folga. Mas senti mal por aqueles que amam futebol, amam a seleção brasileira e, principalmente, do jogador que será considerado o maior vilão da história desse país.


Me fiquei imaginando lá, jogador, na Copa do Mundo, jogando por um país que respira e acredita no futebol. Me deu um nó na garganta, mas não igual àquela do vôlei.


Para que todos vejam essa tristeza sem fim do brasileiro: Salomão, que ficou sem chão (e com aula segunda). via @naosalvo

terça-feira, junho 08, 2010

O conto da semana

Naquela semana não se falava em outra coisa. A sociedade se chocou, a polícia se manifestou, na mídia, era só disso que se tratava. Editores de jornais se maravilharam com a quantidade de abordagens diferentes que o assunto rendia: cultura, cotidiano, policial, economia, meio ambiente e saúde. Críticos contra e a favor do caso, discutiam e debatiam a polêmica questão. Os repórteres não sabiam se dariam conta de cobrir tantas matérias.

Na mesa de jantar, os pais tinham assuntos com os filhos. As professoras levaram o caso para a escola. Casais sem amor acharam uma forma de voltar a conversar como nos velhos tempos de apaixonados. Até o silêncio constrangedor dos elevadores foi trocado pelo acontecimento. O país se uniu como nunca antes visto.

Um ano depois, ninguém mais se lembrava do caso ou daquela semana.

quarta-feira, junho 02, 2010

Da academia

E semana passada comecei a fazer academia. Além de já ter passado da hora de eu tomar vergonha na cara e tentar de fato emagrecer, fazer exercícios, dizem que faz bem à saúde. Dizem. Eis os meus motivos para ficar emburrada toda a vez que eu junto coragem e deixo a preguiça em casa e vou malhar:


Um: toda a vez que você começa um treino, você fica todo dolorido. Deviam então dizer que academia faz bem à saúde a longo prazo. Porque durante semanas você não consegue nem se sentar com honra.

Dois: todos que malham são felizes. Errado de novo. Tem especialista que fala sobre a produção de adrenalina e endorfina, mas o que eu vejo quando estou malhando meu tríceps é bem diferente.Tem ninguém sorrindo lá não. Todos fazem careta, ficam com a cara vermelha, sem contar os urros abomináveis. O contrário de gente feliz.

Três: quem malha, emagrece. Na na ni na não. Quem malha engorda. Ganha músculos. Fica todo sarado. Ganha massa magra. Aí, quando o cara já fica com um corpo escultural e decide parar a academia, adivinhem? Ele engorda. Fica enorme, ou seja, quem malha engorda e quem não malha também.

Quatro: malhar está sempre na moda. Quem precisava de músculos eram os homens das cavernas! Tinham que fugir de tigre, caçar elefante, levantar pedra que obstruiu a entrada da caverna. Quantas vezes você viu alguém usando força bruta atualmente? O melhor é quando precisamos dela. Um dia estava na estrada e o pneu furou. Junto comigo, quatro homens. Além de não saberem trocar um pneu, um deles concluiu: "é... vamos ter que levantar essa parte do carro para por o macaco" (WTF??) Um outro (que malhava tinha 2 anos, ele estava se gabando disso no carro) disse: "Ah, não, cara, estraga a lombar". Então pergunto: qual a finalidade de malhar??

Se você é magro, nada que você faça te dá massa muscular. Se você é gordo, ou você terá que passar a vida inteira malhando e de dieta ou você voltará a engordar. Se você é gostoso, bem, para que malhar?

Nem vou entrar no quesito "moda de academia", porque deixa as pessoas de corpos definidos vulgares e as gordas ridículas. Faça academia e seja o ratinho de laboratório de Deus. Beijos

Deixando bem claro: não sou a favor da obesidade mórbida, só não acho válido pessoas que brigam com as outras pelas escolhas que elas fazem. Portanto, quem não faz academia não deve receber sermões sobre saúde e bem estar, já que, como vimos, todos os caminhos levam à gordura.

Ah! e você nunca terá o corpo daquela estrela de cinema. Sabe por que? Porque o corpo é dela, não seu! O seu corpo será sempre o seu, talvez melhorado, talvez piorado, mas sempre seu.

terça-feira, maio 18, 2010

Dias cinzas

Para ler ouvindo: Moscas en la Casa, da Shakira.


Desde que me mudei para o interior, comecei a acreditar que eu era feita para os trópicos, o clima do sol, o calor. De fato, no verão me sinto mais disposta, não falto à academia, corro todos os dias no fim de tarde e me sinto mais livre, leve e solta tomando um sorvete com um vestido na padaria durante uma tarde ensolarada de domingo. Mas essa não sou eu.

As lembranças da minha infância se parecem um pouco com os cenários de Supernatural: tudo muito cinza, escuro e frio. E mesmo assim, eu era uma criança feliz. Pulava, corria, machucava o joelho, como aquelas crianças criadas em sítio, apenas com um espaço menor para me machucar e um Atari para acompanhar minhas tardes depois da escola.

Sim, eu gosto de dias nublados. Uma das lembranças mais gostosas da época que eu namorava era ficar abraçadinha com ele durante os dias de frio na frente do cursinho. Adoro ouvir a chuva caindo do lado de fora da minha janela. E me sinto muito mais confortável de blusa de lã do que de saia e sandália rasteirinha. Apenas agora no quarto ano de faculdade fui perceber que eu não nasci para ser produtiva em dias quentes.

Vou me formar, conseguir meu mestrado e voltar para São Paulo. Preciso de dias frios (como o de hoje) para escrever, para sentar na frente do note com uma xícara de chá e ler as notícias do dia. Porque quando está calor tudo o que eu quero é curtir um belo dia de sol.


Desculpem pela falta de postagens, mas quando eu estou bem feliz, fico menos inspirada...


terça-feira, abril 20, 2010

Procrastinação is the word

Este blog está sem atualizações há um bom tempo. E tomo este parágrafo para me desculpar a todos os poucos que entram constantemente. Mas a minha vida online apenas há poucas semanas se estabilizou novamente. Tive que procurar um novo lugar para chamar de lar e agora que achei, estou com tempo para escrever sobre o nada. Porém outra coisa tem atrapalhado minhas inúmeras tentativas de postar algo novo: procrastinação.

Depois de deixar a enrolação de lado (outro nome para o meu mal) resolvi colocar no google: Procrastinação. Os resultados me assutaram um pouco.

Procrastinação: s.m. latim procrastinatus: pro- (à frente) e crastinus (de amanhã). É o ato de se adiar uma ação. Normalmente causa sensação de culpa e perda de produtividade. A procrastinação crônica pode ser sinal de alguma desordem psicológica. (Fonte: Wikipedia)

Depois de ler mais de 25 páginas sobre empurrar com a barriga, jeitinho brasileiro ou preguiça mesmo (cada um dá o nome que quer, certo?) descobri que a minha já tão conhecida baixa estima poderia estar por trás de toda esse mal. Pesquisadores dedicados e esforçados descobriram que jovens de até 25 anos têm uma maior tendência a desenvolver casos clínicos de procrastinação. O medo de errar e de não ser bom suficiente seriam os motivos para que eu, em pleno último ano de faculdade, com um TCC gigante pela frente, decido dormir mais uma tarde porque, sabe como é, essa vida não é nada fácil.

Deixar as coisas para depois não é só um mal brasileiro ou adolescente. E saber que daqui pra frente as responsabilidades aumentarão, dá um frio na barriga que só passa mesmo quando me enfio debaixo do edredom.

Para dar uma pequena resumida em tudo o que eu li (que vai desde a pesquisa de Piers Steel, psicólogo da Universidade de Calgary, no Canadá, passando por matérias da Super Interessante e uma crônica do Inagaki) colocarei para vocês e para mim algumas dicas de como evitar se perder na bagunça da sua vida e começar as fazer as coisas direito.
1)    Deixar as coisas para fazer depois só será pior para você mesmo. Afinal, uma hora ou outra o negócio vai ter que ficar pronto, correto?
2)    Faça uma coisa por vez. Se estudar é muito maçante ou se ler um livro para uma prova te dá calafrios, faça assim: 10 minutos por vez. Depois de se dedicar por dez minutos nessa tarefa, páre um pouquinho, descanse um pouquinho e volte para ela. Até acabar.
3)    Se você está com medo de não conseguir fazer o que tem de ser feito direito,  lembre-se da frase de O Rei Leão "Eu rio na cara do perigo" e faça do mesmo jeito. Mas faça logo, assim você terá mais tempo para aperfeiçoar tudo depois.
4)    Faça as coisas no seu tempo. Se você produz mais à noite, não se engane: nada de acordar às oito da manhã e ficar com sono e maldizendo o dia. Faça quando você tiver tempo.
5)    De grão em grão, a galinha fica o dia inteiro comendo. Faça o que tem de ser feito, não enrole ainda mais. Encare a bagunça do seu quarto uma peça de cada vez.
6)    Evite falar frases como: “Agora não”; “Daqui a pouco”; “Deixa pra mais tarde”; “Mas vai começar Heroes!”; “Depois eu faço”; “Só mais quinze minutos
7)    Conte com a ajuda de alguém. Casos sérios de enrolação crônica (como a minha) só passam quando reconhecemos, conversamos com alguém confiável e dizemos: “Me ajude. Por favor, preciso fazer essas coisas. Me cobre.”

E uma dica final: Não pense muito também. Quanto mais você pensar nos prós e contras de fazer alguma coisa, pior é. Porque você vai ficar perdendo tempo enquanto poderia já ter começado a tarefa. Seja ela um TCC ou uma pia suja.

“Xô, preguiça!! Xô, preguiça!!!!” - Música clássica da minha infância, da Eliana
“Ai que prazer/ não cumprir um dever./ Ter um livro para ler/ e não o fazer!". Fernando Pessoa (essa frase está no texto do Alexandre Inagaki sobre procrastinação, mas não podemos dar ouvidos a ela!!! Come on and do it!!!)

quinta-feira, março 04, 2010

De como eu odeio ficar rouca

Eu falo demais. Acredito que eu deva falar quase o triplo de uma pessoa normal. E sei disso. Não gosto quando as pessoas ressaltam esse traço da minha personalidade. Porque as pessoas tagarelas são geralmente consideradas como malas.

Eu era uma criança muito quieta. Com alguns anos de terapia, recebi um conselho valioso: eu não tinha amigos porque eu não conversava com ninguém e, por não conversar com ninguém, ninguém virava meu amigo. Ai eu resolvi começar a conversar com as pessoas. E foi outro problema. Como eu nunca tinha falado nada com ninguém, eu vomitava palavras o mais rápido possível para não ter que passar por aquela péssima sensação de ninguém querer prestar atenção em mim.

Só aos 15 anos eu comecei a falar mais devagar – o que não significa em nada uma diminuição na quantidade de palavras ditas. Ai passei a ser entendida. Antes eu precisava repetir umas duas vezes o que eu falava quando me animava, já que eu me empolgava e falava muito, mas muito rápido mesmo.

Até meus 20 anos eu costumava ficar rouca/gripada/resfriada pelo menos uma vez por mês.  Hoje, fico assim mais raramente. Mas ainda fico muito nervosa quando fico rouca. Parece um castigo de Deus, um carma na minha vida ficar rouca facilmente. E não o rouco sexy. É daquele tipo que parece a sua vó falando, sabe? É horrível, incômodo, dói e eu me sinto presa em mim mesma quando eu tenho que ficar o dia inteiro sem poder dizer uma palavrinha que seja.

Eu sei que deveria considerar isso uma chance de aprender a ficar quieta. Mas não dá!! Eu odeio ter que calar a boca, ok??

domingo, fevereiro 28, 2010

Aposentada aos 22 anos

Numa bela tarde de feriado de carnaval, sentada com dois grandes amigos numa varanda à beira de uma lagoa no interior, observo a paisagem bucólica do campo me abanando com um leque e ouvindo Maria Rita com o meu “radinho de pilha”.

Percebo então que meus amigos estão tendo o mesmo fluxo de pensamentos que eu. Como é boa a velhice, deve ser assim uma aposentadoria, sentar numa varanda, observar a vida passar e não sentir absolutamente nenhuma vontade de se mexer.

O resto do grupo chega. Violão, metal em alto e bom som no carro, italianada reunida falando alto. “Ah... esses jovens com esse tal de rock ‘n roll fazendo barulhos... Não sabem apreciar uma bela paisagem”

Todos riem. Acham que eu estou brincando. Mas me sinto mesmo com uma velhinha e meus dois maridos, todos aposentados e curtindo uma bela tarde quente. Talvez quente demais. Reclamações normais de velhos.

Não curto mais festas, não misturo mais destilado com fermentado, prefiro ler um livro a ir para algum lugar que toque ritmos que eu não gosto. Não saio mais para “pegar geral”.  Apenas me sento à varanda com o note aberto, escrevo algum texto e reclamo de meus pés congelando.

Espero que aos 60 anos esteja de cabelos rosas saltando de bungee jump.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

De como Marylin Monroe estava certa

Saiu esses dias um artigo sobre um estudo britânico (sempre é britânico) que afirma que os homens preferem as loiras. Já no mercado de trabalho, as morenas ganham; cabelos castanhos ou negros dão ar de confiança e responsabilidade. Já as madeixas loiras passam sensualidade e carência (algo como a Felícia de lingerie). Aqui no Brasil, tenho certeza que o estudo se aplicaria muito bem. A maioria dos homens que conheço prefere as que retocam a raiz. Nada contra as loiras, acho ótimo, tenho muitas amigas loiras maravilhosas, mas sinto que devo representar minha genética, desfavorecida.

Meus cabelos são negros, completamente negros, porém sou muito irresponsável. E conheço também muita morena sensual e carente (Olá, Felícia!). Mas reconheço que as loiras são colocadas em outro patamar. Os homens as vêem de outra forma. Poucos são os que conseguem dizer que uma loira é feia. Mas já as morenas... como sofrem (imagino que as morenas feias pintem os cabelos apenas para serem loiras “bonitinhas”).

Deixando para lá a velha rivalidade entre loiras e morenas (já que as morenas queriam fazer tanto sucesso com os homens como as loiras; e estas gostariam de ser admiradas pelo que são como as morenas), tenho certeza de que esse estudo é verdadeiro, apesar de tudo. Talvez porque aqui, mulheres morenas sejam o mais comum, o trivial. Pense bem: quantas morenas você conhece? E loiras? Admito que no time das loiras, poucas me vêem à cabeça.

É isso. Está decidido. Me mudarei para a Finlândia. Lá não deve ter mulheres assim, como eu. Adeus, Brasil cruel!

(E desconsiderem que o estudo é europeu...)
 
Esse texto eu escrevi há muito tempo, mas só publiquei agora porque não tenho mais cabelos da cor da asa da graúna...

terça-feira, janeiro 26, 2010

Como estragar um momento com uma frase

Todos os dias, quase no mesmo horário, ela aparece. Pelas roupas e pelos fones de ouvido percebe-se que se trata de uma jovem que não trabalha. A repetição das cenas diárias chega a ser cinematográfica.

Quando ela chega, tira os óculos escuros, sorri para a garçonete, escolhe seu prato – sempre cheio de saladas e poucas carnes – tempera a sua salada com azeite e sal, coloca shoyu na cebola e pede um chá gelado. Se senta, recoloca os fones e começa a almoçar.

Olha para as pessoas na rua com uma curiosidade quase infantil. Começa sempre pela salada, parte para o filé de frango ou peixe e deixa as batatas e o tomate seco por último. Sorri, e descansa na cadeira enquanto termina o chá que já não deve estar tão gelado assim. Olha a hora no celular, pega a bolsa e vai embora. Todos os dias.

Um dia, ela se senta coloca os fones de ouvido e reconhece alguém na rua. Depois conversa com outra, outra e mais outra. Ela olha para frente, seu olhar encontra os dele e ele diz:

“Se você se candidatar a vereadora, já tem um voto!”

Com um sorriso amarelo ela se levanta e sai do restaurante.

“Idiota”