sexta-feira, julho 31, 2009

Para ver o Anima Mundi tem que ter paciência


Sábado fui conferir o maior festival de animação da América Latina. Confesso que sempre quis ir ao Anima Mundi, mas faltavam disposição, grana e conhecimento prévio. Nesse ano, tinha todos os pré-requisitos e fui. O local do evento foi o Memorial da América Latina. Logo ao chegar duas coisas me impressionaram muito: a falta de organização do evento, já que tínhamos que adivinhar onde era a bilheteria, os prédios, os banheiros; e a moda do pessoal que foi lá curtir o evento. Desculpem-me os moderninhos de plantão. Mas eu não admito aqueles óculos achados no fundo do baú da avó com uma franja preta tingida colada à testa com uma calça que denuncia a magreza das pernas do cidadão. Não, não admito. Sou brega sim, mas me visto muito melhor do que eles.


Voltando ao assunto desse post, o espaço escolhido era bem amplo, a bilheteria organizada, porém sou um pouco azarada então, me deram o ingresso errado. E isso é uma coisa que eu também não curti muito do evento. Antes, eu acreditava que o Anima Mundi era uma exposição com animações do mundo todo. Você tinha acesso a todos os vídeos que o seu tempo poderia dispor. Mas não, no panfleto não há sinopses dos filmes, você compra às cegas e tem que escolher com antecedência uma atração só.


Uma das coisas que eu gostei era que você podia fazer animações. Instrutores (bem educados) te ajudavam a criar curtas com pessoas, massinhas e papel. Era bem divertido assistir ao processo e depois ver o resultado final. As salas eram bem espaçosas e o longa que eu assisti foi muito bom mesmo. “Immigrants - L.A Dolce Vita”, caso encontrem na internet, o traço é estilo Nickelodeon, mas a animação é uma dura crítica aos Estados Unidos, que ainda busca pelo “american dream”, digo, israelenses, indianos, húngaros, mexicanos, todos vão aos EUA em busca do “american dream”. Muito interessante mesmo.


Para quem gosta de se sentir cult é um festival imperdível. Mas vale tentar saber com antecedência tudo, mas tudo mesmo, porque você acaba se sentindo um idiota ao invés de cool quando se está na fila tentando traduzir o caderno de horários sem ideia do que vai assistir.

sábado, julho 25, 2009

Dica de cinema: "A Mulher Invisível"

Uma coisa que eu tenho feito bastante é ir ao cinema. Leio sobre o tema, mas espero um dia realmente poder falar com muita bagagem sobre o assunto. Por enquanto tenho apenas uma nécessaire. Vejo filmes de todos os tipos: documentários, longas, animações, curtas, europeus, asiáticos, hollywoodianos. Confesso, porém, que o pior tipo de filme para admitir que se gosta é o brasileiro: ainda há muito preconceito (se bem que isso é um ótimo tema para um outro post). Acredito que eu seja uma das poucas pessoas que não tem medo em afirmar: “eu gosto de cinema nacional”.


Assim sendo, assisti ao filme “Mulher Invisível” de Claudio Torres - o mesmo diretor de Redentor. O filme me surpreendeu. Pelo cartaz e pelos comentários, achava que o roteiro seria completamente previsível e haveria mulher (leia-se Luana Piovani) pelada. Mas não. O filme é delicado, as piadas são bem encaixadas, uma boa iluminação e fotografia, até as roupas (se é que podemos chamar de roupa) que a Luana usa são “comportadas”. Há no elenco, Vladimir Britcha, Fernanda Torres e Marcelo Adnet – que francamente, não entendi muito bem porque ele está no filme. Mas já deu para perceber, pelo elenco escolhido, que se trata de uma comédia.




Selton interpreta Pedro, um controlador de tráfico no Rio de Janeiro que é abandonado pela mulher. Depois de três meses de depressão, ele se apaixona por Amanda (Luana Piovani) que surge na porta do apartamento de Pedro com um clichê: uma xícara vazia e pedindo açúcar. Ela passa a morar com ele e ficam noivos. Mas, como o nome do filme já diz, ou seja, não estou dando nenhum spoiler aqui, ela não existe.


Mas o que mais me intriga no cinema nacional é o fato de o ator principal ser sempre o Selton Mello. Desde 1990 ele participou de 25 filmes e dirigiu dois. Claro que ele é um bom ator, mas não há muito espaço para o cinema nacional e há muitos atores no país. Por exemplo, o Murilo Benício é um ator que eu gostaria de ver mais nas telonas. Em “O Homem do Ano” ele está maravilhoso. Assisti a esse filme essa semana e não pude deixar de reparar na interpretação dele. Principalmente pelo fato de a minha última lembrança dele era a do papel que ele fez em “Chocolate com Pimenta” (Sim, faz muito tempo que eu não vejo novelas) um riquinho medroso; já no filme, ele é um homem “Macabéia”, rude e insensível. Quem ainda não assistiu “O Homem do Ano”, por favor, veja.


“Mulher Invisível” é um bom filme que realmente vale a pena assistir. Muito melhor do que ir até o cinema, ficar na fila por horas, comprar pipoca e ver um filme cheio de explosão e efeitos especiais vazios. Afinal, cinema é antes de tudo, uma boa história pra se ver e ouvir.


Aguardem mais posts sobre filmes... para mim, férias = cinema

terça-feira, julho 21, 2009

Da completa falta de assunto (ou Das férias)

É sempre assim. Começa julho ou dezembro e eu fico sem assunto. Não que eu deixe de acompanhar os noticiários ou que perca minha opinião sobre os acontecimentos. Mas o grande problema é a preguiça. As férias tem esse incrível efeito sobre mim: a preguiça. Até penso em escrever nesse blog, fazer um post sobre as coisas que eu faço nas férias, mas tenho um inacreditável medo de transformar esse blog sobre crônicas em um diário. Talvez seja um enorme medo de acabar fazendo uma redação - em capítulos - sobre "Minhas férias".

Outro pequeno problema que acrescenta minha falta de assunto é a internet. Ficar o dia inteiro nela me faz menosprezar temas que poderiam virar posts e terminam com uma única frase no Twitter.

Falando nisso, o Twitter é algo que eu não compreendo. Não sei porque ainda é pouco usado no Brasil. Como já disseram, ele é "um manicômio, onde cada louco fala sozinho e raramente é respondido por outro" ou é um mini-blog, onde cada pessoa escreve o que está fazendo, como diz a proposta do site. No mesmo instante, sabemos tudo o que acabou de ser publicado em blogs que gostamos, a programação de canais ou ainda notícias de portais. Podemos também acompanhar os artistas, saber o que fazem, pensam ou gostam. Melhor do que qualquer Tv Fama. Para o bem ou para o mal, o Twitter chegou para ficar. Acostumem-se.

Outro fato importantíssimo que me fez não publicar nada foi a morte do rei do pop. Fiquei completamente chocada e de luto. Até uma semana depois, quando não aguentava mais ouvir falar dele em todos os lugares. Aí desisti de fazer um post sobre isso. Não iria dar esse gostinho à Indústria Cultural de Massas...

Por esses motivos, não tenho atualizado - com muita dor no coração - o Crônicas de Nada. Mas isso agora irá mudar. Voltarei a escrever sim, para a tristeza ou para a alegria de vocês, e para a tranquilidade do meu cérebro.
Dessa forma, colacarei no blog algumas coisas interessantes onde fui em São Paulo, filmes que valem a pena assistirem, enfim, será um Diário das Minhas Férias. Dane-se.

Afinal, o blog é meu!!! huuhuhuhu!! \o/