sábado, novembro 14, 2009

Homens não entendem indiretas (ou diretas mesmo)

Não sei se isso começou na era em que homens não podiam desistir de suas presas e deveriam tentar até conseguir caçar algo para o jantar da comunidade, mas sei que já passou da hora dos homens entenderem quando desistir de conquistar uma mulher.


Então, para que nenhum homem possa dizer: "Vocês são muito confusas e nunca sabem o que querem" segue abaixo uma lista de ações que uma mulher pode fazer para que você perceba que ela Simplesmente Não Está Tão Afim de Você:


Estágio 1: Ela olha para você, dá um sorriso amarelo e responde monossilabicamente. Mulheres falam demais. Todas. Se essa daí não está falando é porque ela quer que você pegue fogo. Diga algo gentil como "Você é muito bonita! Vou pegar mais uma bebida" e suma, por favor.


Estágio 2: Ela diz que está procurando um amigo. Não, ela não está fazendo doce. Ela está procurando um amigo que possa salvá-la de você. (Sim, você já está bêbado e irritante)


Estágio 3: Ela desvia dos seus abraços e das suas tentativas de beijá-la. Uma mulher sabe o que é um beijo na nuca e o que é um beijo de verdade. Se ela não te beijar de volta, suma.


Estágio 4: Ela grita, procurando alguém e te empurra. Amigo, sinceramente, porque você deixou chegar nesse ponto? Se ela está na festa e está fugindo de você como se foge de um lobisomem, ela não quer você, ok?


Estágio 5: Ela olha na sua cara e grita algo como "SAAI DAQUII". Ou você está bêbado demais para encher o saco de alguém a esse ponto, ou  ela é louca e está perdendo a oportunidade da vida dela. Saia dali o mais rápido que puder.


Acredito eu que essas atitudes não sejam assim, tão indiretas, mas como a maioria dos homens espera chegar no estágio 5, acredito eu que os outros quatro vocês não entendam. Bom, eu fiz minha parte. #ficadica.


E o link ai em cima é para todas as mulheres que não entendem quando um homem não está afim dela. Ótimo livro que a @Qrolfashion me emprestou uma vez. E aqui está meu post sobre ele.


terça-feira, novembro 10, 2009

Do mal necessário (ou da minha raiva de bancos)

Odeio o sistema financeiro. Por um pouco de papel moeda pessoas são assassinadas. Se pararmos para pensar, uma nota de cem reais não é lá muito diferente de uma folha de sulfite. Só que ela é azul e o governo deu um valor a ela: cem reais. Por isso eu prefiro o cartão. Sem considerar que as notas são sujas, passam por muitas mãos, e em geral, tem sempre uma rabisco estragando a “beleza” gráfica da impressão.


Estava tudo bem na minha vida até meu banco mandar um cartão (que eu não tinha solicitado). Fiquei até feliz. Ele é laranjinha, mais colorido e mais alegre que o cinza antigo. Meu ódio surgiu quando eu vi um adesivo nele: “Para desbloquear o cartão, ligar para...” pronto. A paz se esvaiu do meu coração. Eu sabia que iria ter muitas dores de cabeça.


Liguei no telefone passado e descobri que o adesivo me enganara. Eu tinha que ir à agência. Chegando lá, me falaram que teria que ligar para desbloquear o cartão. Respirei fundo e desencanei. Pensei que era melhor assim, sem cartão de crédito, eu não teria más surpresas no fim do mês. Até hoje. Quando precisei, de verdade, do meu amado/odiado cartão.


Depois de esperar duas horas no telefone, me senti um bumerangue. Me passavam de um ramal para outro e ao fim, fui informada que eu deveria esperar mais um dia para poder ligar lá novamente (e passar mais umas duas horas) para desbloquear aquela porcaria que eu não tinha pedido.


Eu sei o mínimo de programação e de sistemas de informação. E é bem fácil de se fazer uma coisa chamada “atualização de cadastro”. Basta apertar uma teclinha no teclado chamada F5. Acho eu que as atualizações de cadastro e informações ainda são mandadas em carruagem por soldados romanos. Em compensação a cobrança e as tarifas bancárias navegam tranquilamente pela web.


Se os bancos são um mal necessário, por que não torná-los melhores? Todos sabem que bancários ganham bem, bancos são elegantes e com ar condicionado. Por que os atendentes são sempre tão mal humorados? Por que nunca te dão a informação desejada? É... o pior é que não adianta reclamar, xingar ou gritar. Obedece quem tem juízo.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Das minhas conclusões sobre a lei de Murphy

Hoje, depois do almoço, estava caminhando na rua até o ponto de ônibus. Estava suada, já que ultimamente tem feito um calor infernal, culpa desse aquecimento global. Estava com o cabelo escovado, absoluta - como diria Stephany,  quando começou a garoar. A princípio me senti completamente feliz e aliviada pela chuvinha fraca e, francamente, meio morna que estava caindo. Depois, pensei muito irritada: “faz dois meses que eu não faço escova, e justamente hoje chove! Ô lei de Murphy! Ele deve estar tentando a livre docência no céu e eu sou o grupo de teste dele, não é possível!”

Mas pensei melhor. Se eu não estivesse de escova, estaria cantando alegremente. Estaria curtindo uma garoa fina, me sentindo uma "Garota do Fantástico". Adoro tomar chuva. Abro os braços e fico rindo olhando para cima, bem à la "Um sonho de liberdade". Acho que isso veio de um dia minha mãe ter ficado embaixo de um temporal quando estava grávida de mim. Ela disse que foi um "desejo". Só que ao invés de comida exótica - tipo tijolo - eu quis um belo banho de chuva. Depois de alguns meses, eu quis beber 4 litros de vinho... eu era um feto hippie.

E assim sou hoje. Não, não bebo 4 litros de vinho por dia, mas adoro tomar banho de chuva e de cachoeira, além de chuveiro, claro. Mas nada disso me fez esquecer o fato de que eu tinha perdido meu tempo fazendo uma escova no meu cabelo.

E se meus cabelos não estivessem absolutos e lisos, como em tantos outros dias que peguei chuva sem escova? Teria levantado os braços e cantado "singing in the rain". Então sorri, olhei para o céu e vi gotinhas pingando nos meus óculos grossos.

terça-feira, novembro 03, 2009

Para uma das Carol da minha vida (Parabéns, flor!)

A vida é uma coisa surpreendente. Mesmo eu tentando encontrar todas as probabilidades possíveis para as coisas que acontecem na minha vida, me vejo pega de surpresa com os sentimentos. Porque eu posso prever o que vai acontecer, mas não o que irei sentir. Eu sou uma pessoa com uma péssima auto-estima, pessimista até. Sempre tenho um sorriso no rosto, mas penso muito bem antes de fazer qualquer coisa e penso em todas as conseqüências (boas ou ruins).  Mas uma coisa que todos que me conhecem nunca discordam é que eu tenho muitos amigos. Pessoas que eu amo e que faria de tudo para vê-las bem.

Há três anos eu era uma criança. Uma menina filha única mimada, que não sabia e nem precisava pagar contas, fazer arroz ou lavar roupa. Mesmo assim, me senti a pessoa mais madura e crescida do mundo quando passei no vestibular e vim para Bauru.

Quase quatro meses de república depois, fui dividir um apartamento com uma veterana. E com ela, me vi completamente sozinha. E assim se constituiu nossa amizade. Sem miguxices, sem mimimimi, noites em claro conversando , dancinhas bizarras no elevador e na sacada... A lista é grande. Momentos bons, momentos não tão bons. Dias sem fazer nada juntas, dias completamente lotados... Não importa. Eu aprendi muito com essa menina. Cresci bastante com ela. E sinto que minha alma encontrou uma irmã para toda a vida.

E isso me deixa muito feliz e nada pessimista. Parabéns, Carol. Nada que eu diga será suficiente para expressar minha gratidão por você ter entrado em minha vida.

Siempre supe que es mejor , cuando hay que hablar de dos, empezar por uno mismo.

quinta-feira, outubro 22, 2009

Da nostalgia




Essa semana a MTV completa 19 anos. Não. Eu não trabalho lá e nem ganhei nada por essa propaganda gratuita aqui no Crônicas. O problema é que não tenho conseguido dormir desde então. Cada videoclipe que passa é uma lembrança diferente. Eu amo música e adoraria saber cantar ou tocar algum tipo de instrumento. Um dos clipes que passou foi das “Spice Girls”. Logo me animei e, para a minha grande surpresa, ainda sabia a letra inteira de “Wannabe”. E cantando aquela música eu lembrei de muita, mas muita coisa.


Em 1997, eu estava na quarta série, morava em um sobrado e ainda não conhecia os milagres da depilação no buço. Na época, um cd era uma coisa cara, muito cara; e eu fui a primeira da sala a ter um. Acabamos fazendo um cover delas e eu era a Mel B. Como todas queriam saber as letras e o encarte tinha as letras muito pequenas, não consegui xerocar e tive que copiar faixa por faixa à mão. Melhorei minha escrita em inglês e a pronúncia. E, seis anos depois, virei professora de inglês e espanhol (a Shakira tava bombando com Estoy Aqui na mesma época).


Aos 11 anos, tudo o que eu queria era que na minha casa pegasse MTV. Mariah Carey não era cafona, ouvíamos axé e não tínhamos vergonha de ralar na boquinha da garrafa (eu tinha sim, ok? Lembrem-se: eu era magrela de óculos, CDF e sem saber o que era depilação ou escova progressiva), quase ninguém tinha celular e ninguém sonhava com a existência do DVD - eu uma vez sonhei com isso, mas conto depois.


Eram tempos bons. Acredito que vivi a última verdadeira infância: X-tudo, Castelo Ra Tim Bum, Chiquititas, Carrossel, Malhação com o Dado e o Mocotó, Planeta Xuxa, Mara Maravilha, Pense Bem, Mega Drive e Nintendo, papéis de carta.Embora tudo parecesse mais difícil pela falta de tecnologia, as crianças ainda eram crianças. Só quem usava roupa listrada era mímico e o hip hop e o rap não tinham invadido o mercado da música, assim como o emo. E nada de internet.


Agora vocês querem saber a parte mais triste de sentir nostalgia? Como os jovens diriam: "Nostalgia é coisa de gente velha". É... acho que é verdade. Afinal, os Backstreet não são mais Boys já há algum tempo nem as Spice são Girls. Assim como eu.


ps: Um outro ótimo canal da madrugada é a NGT por conta do Stay Heavy que tem algo que a MTV não tem mais: metal. E o outro canal é a TVBrasil com o programa Samba na gamboa com o Diogo Nogueira (um dos homens mais lindos e simpáticos desse país, ai, ai... ta aqui um trecho do programa dele)

segunda-feira, outubro 19, 2009

Da falta de tempo para fazer crônicas

Embora não esteja dando para perceber, eu amo o meu blog. Amo escrever. Aliás, esse é um dos meus maiores prazeres. Afinal, faço faculdade de jornalismo. Quando criei o Crônicas, minha ideia era produzir textos diariamente. Mas não dá. Não consigo. Quanto mais eu penso em escrever, menos inspiração eu tenho.


Mas hoje eu decidi escrever umas cinco crônicas que aparecerão a cada três dias, uma por dia, para vocês.


Peço desculpas pela falta de comprometimento, mas agora vocês terão muitas coisas para ler no meu blog.


Eu espero...

quinta-feira, outubro 08, 2009

De como a saúde é a coisa mais importante da vida

Devo pedir desculpas a todos vocês (5?) que lêem meu blog com frequência. Mas o problema é que eu peguei uma inflamação na garganta que acabou com a minha vida. De verdade. Além de estar com muitas coisas na faculdade para fazer, ou seja, não ter muito tempo para me dedicar ao Crônicas, minha garganta cismou de mostrar sinais de vida.


Eu acredito que dor simplesmente é o órgão ou músculo querendo aparecer. Afinal, quando você sente uma dor de estômago, na verdade você sente é o próprio estômago, porque quando não sente nada, você está bem. Certo? Eis que minha garganta se sentiu solitária e apareceu na minha semana. E meus pulmões e nariz resolveram se unir à causa e entraram em greve. Assim como os bancos.


Não acordo bem, não levanto bem, não me sinto bem o dia inteiro. Não sinto vontade de fazer nada. Tudo por culpa da minha garganta. E essa depressão pós-antiinflamatório ficou mais nítida depois que eu vi uma matéria do Jornal da Cidade de Bauru dizendo que a desorganização reflete o estado emocional da pessoa.


E pelo visto, eu tô bem mal, viu.


Tô aceitando ajuda para ter mais animação, ok? Eu juro que depois comento sobre o Rio 2016, fim do mundo, Bastardos Inglórios, feriados... 

quarta-feira, setembro 30, 2009

Aniversário de um ano do Crônicas!!

Em março de 2008 eu me iniciei nessa coisa obscura que é ter um blog. Mas não era para mim, era para um grupo de estudo de poesias. E foi fazendo um blog que descobri a blogosfera. Nem me importava com ela, só usava a internet para jogar e ver emails. Foi com o In-vazão Poética (do qual não participo mais) que senti uma incrível vontade de escrever.

Mas sobre o quê? O que eu sei mais que todo mundo para manter um blog sobre? Foram meses pensando, até que um dia, contei ao meu melhor amigo daqui da faculdade que eu ia ser blogueira. Então o Alexandre me perguntou: "Sobre o que você vai escrever?". Eu não sabia a resposta. Olhei para ele e respondi: "Crônicas." E ele retrucou: "Crônicas ninguém lê."

E assim surgiu o nome do meu blog: Crônicas a ninguém. Como a única coisa que eu tenho pleno domínio é o nada, resolvi que esse seria o tema perfeito: NADA. Devo admitir que a série Senfield me inspirou muito, já que a sinopse dela é "uma série sobre o nada".

E o nada rendeu. Rendeu noites sem dormir, algumas risadas, algumas neuras, mas, acima de tudo, um prazer enorme em escrever para mim e para vocês. Coloquei há pouco tempo um marcador para saber quantas pessoas se aventuravam (obrigadas ou não) a ler o Crônicas. Imaginem a minha cara ao ver hoje o marcador mostrando mais de 500 pessoas! Para quem o público-alvo era ninguém, estou extremamente feliz e surpresa. Assim, vocês me incentivam a escrever mais, e, principalmente é graças a vocês que o Crônicas está vivo.

Para comemorar o aniversário desse meu bebê, ele ganhou uma roupagem nova - que caso vocês não tenham gostado, comentem... ainda há muitas coisas a serem arrumadas nele. Porém com o tempo o meu blog ficará cada vez melhor.

E tudo isso graças a você, o motivo do meu sorriso quando escrevo, pois sei que alguém (em Portugal, Nova Iorque ou Maceió) vai ler.

Muito obrigada.

E parabéns ao meu blog!!!! \o/
Eu não sou o Silvio Santos, mas também agradeço o carinho! ^^

segunda-feira, setembro 21, 2009

Do prazer de ler

Nessa última quinta-feira resolvi conversar com um professor meu, sobre meu TCC. Depois de quase uma hora de devaneios a respeito da vida, do casamento, de vícios e de relacionamentos, ele me emprestou um livro de sua coleção particular para que eu tenha base teórica para o meu documentário.

Quando ele me entregou o livro, estranhei a sensação causada. Fazia meses que eu não segurava um livro, inclusive um tão grande e cheio de páginas, sem desenho nenhum. "A Mulher do Próximo", de Gay Talese. Um livro grande e de capa vermelha. Não sabia se colocava na bolsa ou se o segurava. Resolvi andar com ele nos braços, orgulhosa de segurar algo que vejo cada vez menos nas ruas.

Desde que a internet consumiu minha vida, não li mais nenhum livro. Só e-book, porque eu sou uma viciada em leitura, como já disse aqui.

Mas assim, um livro de verdade, fazia tempo. E exatamente por tanto tempo sem folhear páginas e mais páginas de estórias é que eu fiquei com vontade de escrever. Para contar que eu acredito ser uma das últimas pessoas que ainda diz com orgulho que gosta de ler, que adora comprar um livro, que se sente bem em ser míope. Não que blogs de fofoca e humor não sejam bons para ler.

A verdade é que eu durmo muito mais feliz quando "gastei" duas horas lendo um livro. Ah, como eu fico feliz. E já tinha até me esquecido dessa senssação. Pois tinha trocado esse prazer por insônias e dores nas costas... Por isso, leiam e sejam felizes.


Musiquinha de hoje, do grande musicista Pelé: "ABC, ABC, toda criança tem que ler e escrever!"

terça-feira, setembro 15, 2009

Me digas quando nasceste e te direi quem és

Quando eu era mais nova, adorava ler coisas sobre os astros. Não sobre a Britney Spears, mas sobre astrologia (o resto do meu tempo eu gastava lendo sobre os Backstreet Boys). E eu era extremista, dogmática. Por isso não reclamo quando um evangélico tenta me convencer que o sangue de Cristo tem poder. Eu falava horas e horas sobre a influência de Júpiter na nossa personalidade.

Hoje as coisas mudaram. Sou agnóstica - estou sempre em cima do muro – e não sou totalmente cega quando o assunto é astrologia. Isso acontece porque para a astrologia fazer sentido, há muitas contas e cálculos a serem feitos e hoje faço faculdade de humanas. Mas nada disso me impede ficar sempre com um pé atrás quando conheço um leonino ou um canceriano.

Acontece que esse post será diferente. Não irei falar sobre como um arietino gosta de tomar a iniciativa (sim, ariano é gente branca que Hitler gostava, arietino é quem nasceu sob o sol na casa um). Não. Irei falar sobre outra coisa. Quando você nasceu, não será o assunto dessa lista. Mas sim de quando seus pais te geraram.

Áries – Você foi gerado em julho. Ou seja, seus pais só estavam um dia tentando se aquecer, por isso você é assim, tão nervosinho. Ninguém achou que aquela noite fria iria dar tanto trabalho depois.

Touro – Agosto é conhecido como o mês do azar. E advinha o que aconteceu com os seus pais? Sua mãe ficou grávida. Assim, você vive teimando que não é um medalhão de má sorte ambulante.

Gêmeos – No mês das flores, do amor, do início da primavera seus pais olharam um para o outro e viram o quanto se amavam. Por isso você é tão alegrinho e bobo. Além de ser super mente aberta – leia-se meio viado. (Sim, sou geminiana).

Câncer – Oktober Fest, dia das crianças, feriado prolongado. Na realidade seus pais estavam bêbados sem saber o que estavam fazendo. Assim, você precisa acreditar que eles se amam, que não foi tudo conseqüência de um final de semana regado a cerveja na praia.

Leão - Você é tão mal humorado porque foi concebido no dia dos mortos. Nada mais a declarar. (sim, eu tenho medo de leoninos)

Virgem - Em pleno Natal, aqueles sem vergonha não respeitaram a ordem das festas e foram direto para a comemoração. Alguém na sua família tem que mostrar um mínimo de seriedade e sobriedade, certo?

Libra – Você é meio gay porque nasceu no mês das flores e foi gerado em pleno verão. Quer mais desculpa para ser todo fresco?

Escorpião - Com seu pai vestido de travesti e de batom, sua mãe toda colorida e maquiada de sainha curtinha numa festa open bar em pleno carnaval. Não é de surpreender que você seja meio assim, vingativo. Além de só pensar em sexo, claro.

Sagitário - E são as águas de março fechando o verão. Sem ter muito que se fazer, seus pais estavam em casa, molhadinhos. Se eu fosse você, também não gostaria de ficar muito em casa não.

Capricórnio – Páscoa. Sem comer carne, advinha o que seus pais (aqueles safadinhos) fizeram? Por isso você é assim, todo caladão. Vergonha, né?

Aquário – Realmente, numa família em que se comemora o dia das mães tentando fazer outra, as pessoas são assim, para frentex. E com esse amor louco dos seus pais, tem que se ater ao computador, à internet, a motor de carro...

Peixes – Quando alguém te zoar dizendo que você é meio romântico, meio avoado, meio gay, replique: você foi a conseqüência do dia mais romântico do ano: o dos namorados. Em pleno inverno, seu pai foi todo amoroso com a mamãe, levou chocolate, um vinho (para aquecê-la no inverno) e... É você é fruto de um amor capitalista. Mas não fique triste e pensativo, ok?

Gostaria de salientar que eu tenho amigos de todos os signos e amo muito todos eles. Mas isso é só uma brincadeira que veio na minha cabeça conversando com a Carol (escorpião e o carnaval) e o Vinho (sobre o porquê há muitas pessoas nascidas em setembro). Só isso.

ps: Escrevi pouca coisa sobre Leão pois terei medo das reações vindouras...

quinta-feira, setembro 10, 2009

Dos filhos deste solo és mãe gentil

Estava lendo o blog da Carol e resolvi fazer o meu protesto também. A primeira vez que eu vi o Hino Nacional assassinado pela Vanusa foi no Te dou um dado? e confesso que ri muito. Adorei ver aquelas pessoas obrigadas a ouvir aquele horror sem saber se iam ou se ficavam em respeito ao Hino. Eu iria embora gargalhando.

O pior foi saber que ela disse que ninguém sabia o Hino e que ela estava certa em fazer a palhaçada que fez. Eu sei que muita gente não sabe o Hino Nacional e dá uma enrolada, mas o ritmo nós sabemos. Sem desculpas de muita neosaldina, labirintite ou óculos errados. Teria sido muito melhor se ela tivesse dito: "Eu não sei o Hino Nacional. Desculpem, irei morar no Camboja". Para mim, o mínimo que ela merecia era um puxão de orelhas do Presidente. Ou vão argumentar que ela não sabe o Hino por ter sido alfabetizada em inglês?

Se uma pessoa sabe pelo menos uma estrofe do hino da cidade dela, ela ganha uns pontinhos a mais comigo. Eu sei todos: Nacional, Bandeira, República, Independência, de Guarulhos. Por isso, minha professora de História me obrigava a cantar na frente da escola inteira para que me acompanhassem. Morria de vergonha, mas sentia um orgulho no peito, e ainda sinto, quando escuto o hino mais bonito do mundo (eleito pela FIFA) vendo a equipe de vôlei feminino ou masculino ganhando o ouro. Dá uma vontade de chorar que fica engasgada no peito.

Por isso eu fiquei muito chateada em não ver uma recriminação pública contra essa mulher. Se isso fosse nos EUA, ela seria linchada no meio da apresentação. Para deixar a coisa mais nossa, se ela fosse cantar o hino do Corinthians e o confundisse com o do São Paulo (coisa que eu sempre faço) duvido que ela não estaria em pedaços em algum lugar por ai. No primeiro colegial, um amigo meu dançou funk enquanto cantávamos o hino. Ele levou uma advertência. E ela? Meu desprezo.

Para quem quer se sentir mais brasileiros, com muito orgulho, com muito amor:


Hino de Guarulhos (Para os guarulhenses como eu que cantavam o Hino antes das Olimpíadas da cidade. E saibam que minha cidade comemorará em 2010, 450 anos!!)

quarta-feira, setembro 09, 2009

Guerra dos Vampiros

Eu sabia que meu vício em um jogo para Facebook ia acabar me dando pesadelos. Mas eu estou começando a acreditar que o meu sonho pode dar um bom filme. Ou não. Roteiristas de Hollywood prestem atenção!!

Eu havia chamado meu melhor amigo para me visitar. Junto com ele, eu tinha chamado uns rapazes que tinha conhecido na internet. Estávamos conversando quando uma amiga que mora comigo apareceu para pegar suas coisas, pois seu bebê estava para nascer. Para completar a galera aleatória em casa, minha mãe apareceu de surpresa e resolveu fazer comida.

Ao acender o fogão, minha mãe jogou o fósforo pela janela e queimou um bebê. A mãe dela gritou e eu e minha mãe fomos lá embaixo ver o que tinha acontecido. A partir daquele momento, o sonho passou a ser em inglês. O céu estava carregado. As ruas não existiam, apenas as casas. Fiquei curiosa porque muitas pessoas estavam nos telhados. Procurei a mãe da criança com o carrinho dela enquanto tentava ouvir o que as pessoas diziam uma para as outras.

O céu ficou completamente escuro e um homem (a cara do Bobby, do Supernatural) disse que agora era a hora, a guerra iria começar, para todos estarem prontos. Saí correndo com a minha mãe de lá. De repente, muitos jornalistas estavam na porta do prédio, nas ruas, filmando tudo o que acontecia.

Um fotógrafo me viu e começou a sussurrar umas coisas sem sentido até que ele disse para a minha mãe o que estava acontecendo: era a guerra dos vampiros. Tinha começado. E eles triunfariam. Comecei a entender tudo o que eles diziam, eles já tinham traçado um plano (sim, os jornalistas eram vampiros disfarçados, hã? Hã?) e a ideia deles era pegar todos os humanos presos nos prédios e deixá-los sem comida, nem água, nem nada, até eles aceitarem a redenção. Saí correndo, gritando para a minha mãe vir comigo.

Na escada, apareceram as crianças do prédio, sujas de terra, no escuro e sérias. Surpreendentemente, eu não estava com medo delas, apenas olhava para a porta esperando ver a minha mãe. A menina mais velha, lá pelos seus doze anos me olhou nos olhos e disse: “você acredita que nós vamos te morder? Te matar? Por quê?”

Aí eu compreendi. EU era um deles. Era uma vampira. Entendi porque tinha chamado tantas pessoas para virem ao meu prédio naquele exato dia. Era para EU ter suprimentos enquanto a guerra continuava. Era para eles infectarem as outras pessoas do prédio. Eu era peça-chave na guerra.

Mas e a minha mãe? Era vampira tbm? Ou foi devorada pelos vampiros como a primeira vítima indefesa? Porque eu andava à luz do dia? Era uma vampira muito forte ou era meia vampira? Se é assim, quem eh humano? Meu pai? Minha mãe ( a pobre vitima que EU deixei para trás?) Eu iria ter coragem de morder meu melhor amigo?

E... agora a parte mais moral da história: e minha amiga grávida? Eu iria infectar o bebê dela e ter o vampiro mais forte do mundo? COMO eu ia fazer isso?

Essas foram as perguntas que eu fiz quando acordei. Boa noite. E bons sonhos.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Capitu

Na escola, em um dia nada especial, ela brincava, sonhando com seus ídolos e prestando atenção na aula nos intervalos que sua imaginação lhe dava. E sem fazer nada de especial, ela atraiu o olhar dele.

Ele era, havia nascido assim, um romântico por natureza - embora não admitisse. Gostava de livros e filmes que se chora no meio e no fim. E em todos eles, ele a colocava no papel principal, nos quais o mocinho era ele, claro. Como ela não era a bobinha que vocês devem estar pensando, Capitu era a personagem que ele mais gostava de imaginá-la - a personagem feminina mais complexa e melhor escrita da literatura mundial, um verdadeiro elogio. E ele tinha que se contentar em ser o Bentinho, sempre odiado por muitos, discutido por muitos, mal compreendido por muitos. Ela, no entanto, nem imaginava que fosse alvo de tamanha imaginação.

E assim ele viveu. A imaginando sempre. Conversando, saindo com ela, lhe acariciando os cabelos.

Enquanto isso, ela vivia: namorava, chorava, cantava, bebia. Até que um dia, anos depois do dia nada especial, aconteceu. Ele reuniu a coragem necessária e lhe disse tudo o que estava na garganta e no coração. Sem reação, ela o abraçou. Pensou e sorriu.

Hoje ela imagina o Oliveira todo o tempo. E ele a Capitu.

sexta-feira, agosto 21, 2009

“Tomando café e bisbilhotando a chuvinha cinzenta lá fora”

Esses dias tem feito um clima muito gostoso para quem não trabalha ou acorda cedo: uma chuvinha preguiçosa e um frio que só me faz desejar meu edredom. Dou graças a Deus por não ser católica: todos os dias cometo o pecado da preguiça. Às vezes, lembro aquela música que a Eliana cantava todas as manhãs: “Xô, preguiça! Xô, preguiça! Se ela quiser te pegar, xô, preguiça!”. Mas nem adianta mais. Tentei o despertador do celular; mas nem escuto o toque. Um dia, desesperada, enfiei o celular no armário para ver se a distância entre meu braço, o celular e os meus tímpanos me faria acordar. Levantei meio zumbi, desliguei o celular e voltei a dormir.

Estava vendo o seriado o Dr. House M.D. e vi que as pessoas nos EUA acordam às nove horas. Morri de inveja. As pessoas no nosso país acordam às seis, às vezes até às cinco horas da manhã para poderem pegar o trânsito e chegar ao escritório às oito.

Pra quê? A maioria das pessoas trabalha, no máximo, quatro horas, das oito diárias. Portanto, por que as empresas gastam com: internet, telefone, café, luz, água, sabonete, papel, tinta de impressora se metade do tempo de seus funcionários não é produtivo? E se as pessoas pudessem escolher: das oito ao meio dia ou das duas às seis? O trânsito ficaria melhor, as pessoas poderiam gastar mais com lazer, fariam cursos para se aperfeiçoar e se sentiriam mais dispostas e felizes.

Minha mãe trabalhava numa grande empresa do outro lado da cidade e demorava quatro horas para chegar na firma. Voltava a tempo suficiente de fazer o jantar (as multi funções da mulher eu comento outro dia) e apagava de sono. É assim mesmo que queremos nossa vida? Metade perdida em fumaça e barulho do tráfego com sono? Sempre pensei que o emprego deve ser a realização da sua vida, lhe dar prazer e felicidade.Odiava me imaginar indo toda sonolenta para um emprego chato, com reuniões intermináveis e horas desperdiçadas lendo correntes em emails.

Por isso, fico imensamente feliz em ter me mudado para o interior, passado num curso noturno, e ter a possibilidade de trabalhar online, a qualquer hora do dia, sem precisar sair de casa. Então, olho a chuvinha cinzenta lá fora, vejo que ainda são dez horas e volto para o meu edredom quentinho.

A frase título desse post é uma frase que o Alexandre Inagaki postou no twitter uns dias atrás. Visitem! e @inagaki
ps: Eu o agradeci pela inspiração via twitter e ele foi extremamente simpático! Fiquei muito feliz mesmo! Obrigada, Alexandre!

terça-feira, agosto 18, 2009

Ana

Ana era sonhadora desde que nasceu, mas odiava admitir esse fato. Quando estava sozinha começava a imaginar como gostaria que sua vida tivesse sido e que viria a ser. Desde pequena não dava muita importância em ter que cuidar da sua vó doente ou de ter que fazer a lição de casa antes de comer a sobremesa. Porque quando fazia essas coisas, estava pensando no que ela mais gostava: no dia do seu casamento. Quando aprendeu a cozinhar foi pior: fazia bolos deliciosos para o seu marido imaginário. Na véspera do seu aniversário de quinze anos sonhou que dançava valsa com o seu marido.


Depois, quando passou em medicina no vestibular, desejou poder abraçar e comemorar com “ele”. Na faculdade, nos seus raros momentos completamente sozinha, chegava a pensar que estava ficando louca e que era um absurdo ter 24 anos e ainda ter um “amiguinho imaginário”. Porque era isso que ele era: um amigo imaginário. Ele tinha mudado de cara muitas vezes: durante alguns anos ele era parecido com um rapaz da sala dela, só que mais alto; depois, ficou com a cara de um ator famoso; depois de um homem por quem ela foi apaixonada durante toda a faculdade. Depois de um tempo, ele deixou de ter um rosto, era um ser disforme, era um “marido-idéia”.


Não que ela nunca tivesse se apaixonado por alguém de carne e osso. Já namorara muitas vezes, e nessas épocas “ele” ganhava o rosto do namorado. Como era ingênua, acreditava que havia encontrado o cara certo, já que “Ele” tinha um rosto agora. Quando o namoro acabava, Ana chorava, chorava até um dia “ele” ressurgir, diferente; se o ex era loiro, “ele” era moreno, e vice-versa. Não importava, ele era diferente sempre. Aos poucos “ele” ia consolando Ana, lhe dizendo para esquecer aquele rapaz que a estava fazendo sofrer, que “ele” era apaixonado por ela de verdade; que apenas “ele” poderia fazê-la feliz. E logo Ana esquecia tudo e voltava para o seu mundo de fantasias.


No trabalho, enquanto medicava um paciente ficava no mundo das nuvens, sonhando com o momento em que ele aparecia de médico, claro, e diria que era novo ali, que precisava de uma ajuda porque não conhecia bem o hospital, não conhecia totalmente a ala da oncologia (ele sempre era oncologista) e ela lhe sorria e dizia que ele estava na ala errada, ela era chefe do departamento de geriatria, mas que depois do paciente ela o levaria para a ala correta. Ele perguntava se ela gostaria de almoçar com ele e namorariam. Apenas quando o seu estômago roncava, ela percebia que ele não havia aparecido – já que não existia – e ela teria que almoçar sozinha novamente.


Mas a vida não é como nós esperamos. Ela passou anos sozinha, saindo com amigos, e conhecendo caras que não eram nada do que ela esperava. Um dia, Ana se apaixonou. Não por um oncologista, mas por um pediatra. Noivaram, casaram e em três anos ela teve sua filha. Porém, em uma noite comum, quando já tinha posto sua filha para dormir, passou seus cremes, pôs um pijama e se deitou ao lado do seu marido, sentiu outra presença no quarto. “Ele” aparecia sem rosto, apenas um sorriso e se sentou ao lado dela.


Ela nada disse. Tampouco conseguiu dormir. Uma semana depois, pediu o divórcio. O marido nada entendeu. Ela se sentia péssima, não suportava mais essa situação. Estava traindo o marido com ela mesma. Se separaram e ela continuou sonhando com “ele”. Morreu velhinha, sozinha e feliz. Tinha encontrado sua alma gêmea: ela mesma.

terça-feira, agosto 11, 2009

É proibido fumar

Entrou em vigor a lei que proíbe o fumo e qualquer tipo de fumaça em lugares fechados no Estado de São Paulo. Quem mais se manifestaram foram os fumantes, então não irei fazer um texto longo, primeiro porque o tema não precisa de introdução, segundo porque contra leis não há argumentos, mas apenas irei expor meus pontos de vista não somente sobre a lei em si, mas das suas conseqüências.

Quando a lei seca entrou em vigor, muitas pessoas reclamaram, afinal, ninguém mais poderia sair e voltar bêbado para casa. Argumento irrefutável dado pelo governo foi de que o trânsito é o que mais mata no Brasil. E o álcool é o catalisador da maioria dos acidentes. O resultado é bem visível: 35% menos mortes no trânsito até agora. Parabéns ao governo que tomou uma medida necessária.

Já a lei anti-fumo não sou contra, como a maioria já deve estar pensando. Só acredito que veio de forma muito, mas muito errada. O cigarro é uma droga legal, portanto, proibir seu consumo é paradoxal. Quando o governo proibiu a propaganda de cigarros em todos os veículos no século passado, foi uma polêmica também, mas os jovens de hoje não são tão influenciados por essa “indústria para suicidas” como foram os da década de 80 e do início da de 90. Dessa forma, não precisava de lei nenhuma, aos poucos, o cigarro ia sumindo, já que o governo também aumentou - e muito - o preço do dito cujo.

Posso estar sendo meio “atrasada” já que países de primeiro mundo a adotaram. Mas, desde quando o Brasil pertence a esse grupo? O que eu não concordo, de forma alguma, é a publicidade que a lei está ganhando, a quantidade de fiscais procurando bitucas, os cartazes e os comerciais na televisão. O gasto que o governo está tendo é muito maior do que ele próprio já gastou com os cânceres de pulmão dos fumantes passivos - já que o Serra diz que não é contra os fumantes, mas deseja preservar a saúde de quem trabalha à noite – e nunca vi um fumante passivo processar uma indústria tabagista.

Sem concluir nada, mas dizendo o meu ponto de vista, acredito que o Brasil ainda tenha muitos problemas de terceiro mundo que sabemos de cor: saúde, educação, transporte, ambiente... E, sinceramente, todo esse circo para evitar cabelo fedendo a cigarro, narguiles e incensos em baladas é um pouco demais.

domingo, agosto 09, 2009

De como eu seria muito mais feia (ou da vaidade)

Faço curso de Humanas, mas odeio socialistinhas. Para dizer bem a verdade, nunca encontrei um de fato na Unesp. Mesmo assim, todos do campus fazemos questão de dizer que odiamos socialistas. Cada um tem o seu motivo, óbvio. Mas os meus são, no mínimo, superficiais. Digo para todos que não sou socialista porque me sentiria completamente mal em ir a uma festa e ter mais de uma mulher com a mesma roupa que eu. Eu sei que em Cuba não existe apenas uma marca de roupa, mas está mais do que claro que o ramo da estética não é nem sequer citado quando o assunto é socialismo. E graças a Deus, eu sou capitalista. Senão seria, muito, mas muito feia mesmo. E sempre penso isso quando saio do salão de cabeleireiro.

Não sou do tipo vaidosa que se perceba, daquelas que estão sempre impecáveis. Muitos dizem até que eu sou fuleira, que nunca me arrumo, e, devo concordar com eles. Não me arrumo mesmo. A verdade é que eu não vejo muitos motivos para ir para a faculdade como quem vai ao teatro. Geralmente vou de tênis, regata e jeans, como disse no post anterior.

Mas me considero vaidosa sim. Não posso ver catálogo de cosméticos que fico doida para comprar - minha linha de maquiagem preferida é uma difícil de achar e que só vende mesmo nos EUA. Entro numa perfumaria e me mato de tanto prazer em ver as novidades em cremes e loções.

Explicarei-me melhor. Todo dia, lavo o meu rosto três vezes: quando acordo, com um gel de limpeza refrescante, quando tomo banho, com um sabonete apropriado para o rosto e antes de dormir, com um demaquilante e um sabonete. Passo protetor solar, e jamais espremo uma espinha, apenas passo cremes que a secam. Faço clareamento nos dentes a cada seis meses, tenho seis diferentes cremes que passo duas vezes por dia, depois dos banhos. Um para o rosto durante o dia, um para a noite, um para o corpo, um para as mãos, um para acabar a celulite outro para firmar a pele. Faço uma vez por semana, na minha casa, hidratação nos cabelos e limpeza de pele com produtos bem carinhos, nada de potão de um litro por cinco reais, baby. Além disso, faço as unhas dos pés e das mãos uma vez por semana e me depilo, com cera e de forma bem dolorida a cada quinze dias. Acredito que isso me torne bem vaidosa, certo?

E mesmo assim, continuo feia como o diabo. É nessas horas que eu penso: “Deus, e se eu tivesse nascido na mesma época que minha vó? Ou na Rússia?”

Teria virado uma freira bem feia, certeza.

Mas mesmo assim, corto franjas assimétricas e compro esmaltes e batons da estação!!! Ui!

quarta-feira, agosto 05, 2009

Da moda

Como eu disse no post anterior, esse daqui é sobre algo que eu não entendo: a moda. Tudo o que é tendência hoje é o que era moda há exatos vinte anos. Repaginados, é claro e com um toque mais moderno. Quem tem uma mãe mais velha que guarda tudo, tá feito. É só fuçar no baú dela que irá encontrar muitas peças - chaves no “guarda roupa de qualquer mulher atual”. Como eu disse no post anterior, eu sou brega. Com orgulho. Acredito que um jeans, um par de tênis e uma regata lisa e escura sirvam bem em qualquer situação.

Todo mundo já teve suas fases. Até meus dezessete, eu era bruxa. Sim, dessas de esmalte preto, cabelo comprido, roupa preta, tênis preto, sombra preta... Enfim, quase uma gótica. Meu sonho era pintar meu cabelo de roxo. Isso quando o roxo nem sonhava em entrar na moda, quando ainda era sinônimo de funeral. Depois virei metaleira, somente ouvia bandas com pedal duplo e continuava usando só preto. Mas dessa vez, as camisetas ganharam estampas de discos das minhas bandas favoritas. E aposentei de vez o colar de pentagrama.

Passei no vestibular e tive que me mudar para o inferno, digo, interior. Não traí o movimento dos metaleiros do mal, mas, depois de uns meses suando bicas, optei por um visual que eu sempre quis ter mas a umidade e o frio da capital me impediam: peguei minhas saias e vestidos indianos e fui às ruas bauruenses sem medo de ser feliz.

Atualmente, continuo usando somente roupas lisas, escuras e largas. Me sinto bem assim. Mas confesso que comprei um allstar e comprarei um casaco xadrez para combinar com umas blusinhas listradas que eu comprei. Sim. Xadrez e listras.

O que eu não entendo é: por que tu, ó moda implacável, não nos aceita do jeito que somos? O que me incomoda de verdade é que se você é alto, tem que usar roupas que diminuam o seu tamanho para você não parecer uma girafa. Se você é baixo, abuse de listras verticais para alongar a silhueta. Se você tem seios grandes, não use decotes nunca. Pequenos, abuse de tudo que chame a atenção para o seu colo. Para pernas finas saias, vestidos e shortinhos agarrados para valorizar as pernas de saracura. Já as coxas grossas e definidas são escondidas em roupas largas e escuras para não vulgarizar.

Portanto: antes mesmo de você se sentir bem, saiba que a moda não gosta de você como é. Vista-se para que todos pensem que você é o oposto do que é de fato. Ai todo mundo vai olhar para você, dizer que é bem vestido e daí sim, com a aprovação geral, você se olha no espelho e começa a se sentir bem. E isso eu ainda não entendo.

sexta-feira, julho 31, 2009

Para ver o Anima Mundi tem que ter paciência


Sábado fui conferir o maior festival de animação da América Latina. Confesso que sempre quis ir ao Anima Mundi, mas faltavam disposição, grana e conhecimento prévio. Nesse ano, tinha todos os pré-requisitos e fui. O local do evento foi o Memorial da América Latina. Logo ao chegar duas coisas me impressionaram muito: a falta de organização do evento, já que tínhamos que adivinhar onde era a bilheteria, os prédios, os banheiros; e a moda do pessoal que foi lá curtir o evento. Desculpem-me os moderninhos de plantão. Mas eu não admito aqueles óculos achados no fundo do baú da avó com uma franja preta tingida colada à testa com uma calça que denuncia a magreza das pernas do cidadão. Não, não admito. Sou brega sim, mas me visto muito melhor do que eles.


Voltando ao assunto desse post, o espaço escolhido era bem amplo, a bilheteria organizada, porém sou um pouco azarada então, me deram o ingresso errado. E isso é uma coisa que eu também não curti muito do evento. Antes, eu acreditava que o Anima Mundi era uma exposição com animações do mundo todo. Você tinha acesso a todos os vídeos que o seu tempo poderia dispor. Mas não, no panfleto não há sinopses dos filmes, você compra às cegas e tem que escolher com antecedência uma atração só.


Uma das coisas que eu gostei era que você podia fazer animações. Instrutores (bem educados) te ajudavam a criar curtas com pessoas, massinhas e papel. Era bem divertido assistir ao processo e depois ver o resultado final. As salas eram bem espaçosas e o longa que eu assisti foi muito bom mesmo. “Immigrants - L.A Dolce Vita”, caso encontrem na internet, o traço é estilo Nickelodeon, mas a animação é uma dura crítica aos Estados Unidos, que ainda busca pelo “american dream”, digo, israelenses, indianos, húngaros, mexicanos, todos vão aos EUA em busca do “american dream”. Muito interessante mesmo.


Para quem gosta de se sentir cult é um festival imperdível. Mas vale tentar saber com antecedência tudo, mas tudo mesmo, porque você acaba se sentindo um idiota ao invés de cool quando se está na fila tentando traduzir o caderno de horários sem ideia do que vai assistir.

sábado, julho 25, 2009

Dica de cinema: "A Mulher Invisível"

Uma coisa que eu tenho feito bastante é ir ao cinema. Leio sobre o tema, mas espero um dia realmente poder falar com muita bagagem sobre o assunto. Por enquanto tenho apenas uma nécessaire. Vejo filmes de todos os tipos: documentários, longas, animações, curtas, europeus, asiáticos, hollywoodianos. Confesso, porém, que o pior tipo de filme para admitir que se gosta é o brasileiro: ainda há muito preconceito (se bem que isso é um ótimo tema para um outro post). Acredito que eu seja uma das poucas pessoas que não tem medo em afirmar: “eu gosto de cinema nacional”.


Assim sendo, assisti ao filme “Mulher Invisível” de Claudio Torres - o mesmo diretor de Redentor. O filme me surpreendeu. Pelo cartaz e pelos comentários, achava que o roteiro seria completamente previsível e haveria mulher (leia-se Luana Piovani) pelada. Mas não. O filme é delicado, as piadas são bem encaixadas, uma boa iluminação e fotografia, até as roupas (se é que podemos chamar de roupa) que a Luana usa são “comportadas”. Há no elenco, Vladimir Britcha, Fernanda Torres e Marcelo Adnet – que francamente, não entendi muito bem porque ele está no filme. Mas já deu para perceber, pelo elenco escolhido, que se trata de uma comédia.




Selton interpreta Pedro, um controlador de tráfico no Rio de Janeiro que é abandonado pela mulher. Depois de três meses de depressão, ele se apaixona por Amanda (Luana Piovani) que surge na porta do apartamento de Pedro com um clichê: uma xícara vazia e pedindo açúcar. Ela passa a morar com ele e ficam noivos. Mas, como o nome do filme já diz, ou seja, não estou dando nenhum spoiler aqui, ela não existe.


Mas o que mais me intriga no cinema nacional é o fato de o ator principal ser sempre o Selton Mello. Desde 1990 ele participou de 25 filmes e dirigiu dois. Claro que ele é um bom ator, mas não há muito espaço para o cinema nacional e há muitos atores no país. Por exemplo, o Murilo Benício é um ator que eu gostaria de ver mais nas telonas. Em “O Homem do Ano” ele está maravilhoso. Assisti a esse filme essa semana e não pude deixar de reparar na interpretação dele. Principalmente pelo fato de a minha última lembrança dele era a do papel que ele fez em “Chocolate com Pimenta” (Sim, faz muito tempo que eu não vejo novelas) um riquinho medroso; já no filme, ele é um homem “Macabéia”, rude e insensível. Quem ainda não assistiu “O Homem do Ano”, por favor, veja.


“Mulher Invisível” é um bom filme que realmente vale a pena assistir. Muito melhor do que ir até o cinema, ficar na fila por horas, comprar pipoca e ver um filme cheio de explosão e efeitos especiais vazios. Afinal, cinema é antes de tudo, uma boa história pra se ver e ouvir.


Aguardem mais posts sobre filmes... para mim, férias = cinema